quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Ja volto

A Pri me indicou esse site pra pegar ladinhos pro blog. Fica tão binitinho, né? O outro jeito tava com muita informação mesmo.. Acho que vou deixar assim que fica mais fácil pra galera mexer nas coisas aqui e tals. Falando nisso, pessoal.. eu vou dar um Hiatus no blog aqui, viu? Volto à partir do dia 2 de janeiro por que vou ter outras coisas pra fazer nesse meio tempo.

Beijo enorme a todos que ficam! Boas Festas ;)

sábado, 19 de dezembro de 2009

Meses Antes

Vamos lá, jogue em mim suas circunstâncias. Deposite aqui suas esperanças. Confesso que eu mesma tenho tantas!


Venha cá, não é tão difícil assim se entender. Eu já percebo, sutilmente, o meu encaixe com você. Mas a brincadeira de não ser me cansa.

Claro que dá. Afinal é tudo uma questão de tempo. Sei que não sou paciente, mas juro que tento. E apesar de correr lento, ele me alcança. (Quero dizer, o tempo)

Vou te contar. Eu guardo cada pedaço seu. Cada parte dos seus sonhos que você já me deu e não espero devolvê-los, se você não percebeu. Agora são meio meus.

Que todas morram de inveja do que dividiu comigo. O seu sorriso, nosso sorriso, seu ombro amigo. É tudo uma questão de tempo, como eu sempre digo.

E eu não sou paciente, repito.


Escrito dia 24 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Quem sabe?

Louca madrugada adentro. Solta em textos que me aprisionam. Fosca em fotos sem sentido. Um borrado. Um bocado. Mão cheia de quase nada. Sou piada. Engraçada. Fria como gelo que desce pela espinha. Adolescente. Quente. O grande clichê medo e desejo. Mesquinha. Muito minha pra me dividir. Eu sei sorrir. Acompanhada. Irritada. Sozinha. Bem assim. Melhor assado.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Trailer

Eu sou bem comportada, mas tenho estado rebelde. Sou simples, mas estou tendo pensamentos tão complexos. Sou paciente, mas a ansiosidade de cada passo me angustia. Não costumo errar as palavras, mas meu português tem se embaralhado no meio das cartas que deixo à mostra na mesa. Começo os meus relacionamentos contando tantos planos, falando de tantos sonhos, definindo quem eu sou de um jeito tão simples que parece trailer de filme de ação. Explosão, sangue pra todos os lados e um "confira pra conhecer" no fim. Não sou muito dada a dizer quem sou de boca muito cheia por que acabo desdizendo o que disse com ações invertidas. Não é que minta, só mudo. Mudo por que é completamente maçante ser e estar a mesma coisa. Se posso ser completamente e estar um pedaço, por que não? É nisso que me desfaço de uma eu e passo a ser outra e mais outra e... Aqui está: pra ser feliz é preciso se contradizer.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sem título.

E hoje, de repente, eu tive certeza. Não sei bem se foi na hora em que me peguei engolindo o choro e olhando pra frente com meu pensamento mais decidido de "eu prometi a mim mesma que não ia chorar" e não chorei, ou se foi na hora em que parecer feliz não foi tão complicado quanto eu imaginei que seria, mas hoje eu me percebi crescendo. Não crescendo com a maturidade que a felicidade traz, mas desabrochando por dentro de uma dor que é só minha e que não divido. Posso ter contado pra alguns, mas ninguém sabe o quanto cada coisa me machucou, me marcou e me empurrou pra cima. É, isso mesmo. Ta vendo como eu estou madura? Já posso dizer que uma dor da semana passada, da terça passada, de ontem.. Me empurrou pra cima! Me fez crescer e sentir orgulhosa de mim mesma. Por que eu posso ser o que eu quiser, eu posso fazer o que eu quiser com o que eu vejo, como o que eu sinto e com o que eu penso. Agora vou curar a minha dor sozinha. Vou ser como uma estrela do mar que, quando arrancados os pedaços, regenera-se até ser nova. Eu vou ser nova e, o melhor de tudo, sem esse pedaço que de nada me serve. Estou assim por um cara, mas hoje tenho certeza que posso sair dessa com minhas próprias forças... Segurando em minhas próprias raízes até chegar lá em cima, com o impulso da subida. Sabe, não é que ele seja ruim... Pelo contrário, ele é muito bom, mas bom mesmo é quem gosta da gente, né?

sábado, 14 de novembro de 2009

My Space.

Obrigada por ter insistido pra que eu deixasse você em paz, obrigada por ter me feito parar com a brincadeira sem sentido e seguir a minha vida. Obrigada por ter me conhecido mais que eu mesma e ter entendido que meus interesses futuros não passavam nem perto dos que você tinha pra você. Obrigada por ter me oferecido liberdade a respeito de um sentimento sem futuro.. Obrigada por ter me permitido crescer com um tropeço que mais foi impulso pra um novo começo. Obrigada por ter sido mais meu amigo quando pensei que tava sendo o cara mais sacana do mundo do que quando eu imaginei só ter você na vida e, finalmente, obrigada por ter estado comigo qnd precisei e por ter me deixado quando meus pés tiveram que reaprender a andar sozinhos. Você foi um cara muito importante na minha vida quando me fez abrir espaço pra que outra pessoa entrasse nela pela mesma porta que você saía.



Mummy / Carla

A mulher dentro de mim.

Às vezes dá um medo de olhar pra trás e não me enxergar mais como aquela menina bobinha que acreditava em tudo... Ou de olhar pra frente e ver uma mulher com um homem do lado. Uma mulher! Quem? Eu? Nem me vejo mulher, sabia? Sou a garota, a moça, a guria... Nunca o completo que é ser mulher. Nunca todas essas responsabilidades e maturidade e... E o medo de que, talvez, algum dia eu tenha que retroceder esse passo. De, quem sabe, ter que voltar a ser essa moça. De ser incompleta como fui ontem, antes dessa etapa, antes desse degrau que já subi. Mas também me vem certeza, sabe? Uma certeza grande de ser o que sou, uma parte por ele, mas uma enorme parte graças a mim mesma.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Meu Pensamento.

Quando eu disser que amo, acredite. Mais isso não quer dizer que é eternamente ou que é algo que eu não posso mudar. Amor é uma coisa que a gente cuida. Quando começa a fazer mal, não é mais flor.. É erva - daninha. Então o melhor é arrancar e jogar fora. Se você sofre com isso... Bem, você tem esse direito se você não sofre então você é feliz.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

É dia de pizza.

Dia de novas decisões e preparações e coisas diversas terminadas em "ões". Pego minha mochila, aliás, pego a bolsa de Susie que uso como mochila por que esqueci a bendita na casa de minha avó e reboco minha cara pra mais um dia de aula. Outra aula, outro assunto, outra conversa, mais besteiras. Mas besteirinhas legais, sabe? Daquelas que eu nunca mais vou lembrar quais foram, mas vou lembrar que existiram. Será que também não esquecerei que essas pessoas existiram? Como cada uma delas marcará a minha vida? Como eu marcarei a vida delas? Quando me dei conta de ter acordado tão filosófica? Bem, passo o dia, converso, decido, aprendo, me irrito, pizza. Tudo termina em pizza. E dor de barriga. Droga!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Love Story

Slowly I am giving up


I know


Slowly I recognize


I don't know you


In my thoughts you were the one

But you left me all alone, and now


Get away

Cuz your smile is not my smile anymore

I need to close my house, close my door

Sorry

It's the end of a great love story

You wont get to see my broken heart

I'll keep this love locked deep inside

To love you is not enough

And you know

Let's stop now, let's grown

Sorry

It's the end of our great love story

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Do jeito dele

Hoje resolvi fazer um texto do jeito dele. Já que ele não é do tipo que se enrola muito nas palavras e nem do tipo que floreia muito o que quer dizer, vou ser direta. Escrevo um texto sobre meu melhor amigo. O que me escuta, o que me entende, o que ri comigo... Aquele pra quem eu conto tudo sobre todos, menos sobre ele mesmo, claro. Mas ele sabe. Ele sabe o que se esconde por trás das minhas brincadeiras cheias de verdade e ele sabe que monopolizou uns 50% do meu coração. Carinha sagáz, eu diria. Escrevo também um texto sobre o meu pai. O que briga comigo, o que me dá conselhos, o que me parabeniza por uma coisa grande que tenha conseguido... Aquele pra quem eu corro quando estou com um problema que não vou saber resolver, menos quando o problema é ele mesmo, claro. Mas ele sabe. Ele percebe que me causa mais problemas e soluções do que qualquer outro. Fico grata pelas soluções, vale frizar. Escrevo aqui um texto sobre meu irmão. O que divide as experiências dele comigo, o que implica com meu jeito, o que me imita quando quer ser irritante. E eu tento imitar o jeito dele também, claro. Mas não consigo. Isso por que ele tem o jeito dele de ser mais extrovertido comigo, ele tem a maneira dele de me deixar mais brava ou mais feliz a depender das merdas que fale (por que é sempre alguma besteira) e por que ele é o equilíbrio da minha loucura. Meu porto seguro, sei lá do futuro, tentei escrever um texto do jeito dele, então não vou fantasiar como eu faria... meu chato, beijos, Cah (L)

Príncipe Inventado

Sentei na calçada e fechei os olhos.

- Você não tinha esse direito! - gritei.


A chuva fina começava a cair em gotas maiores molhando rapidamente o meu suéter cinza. Tudo era cinza. Os carros eram sem cor, minha alma era desbotada. Eu abracei meus joelhos e gemi.

- Não tinha o direito de fazer o que? - ele perguntou com aquela voz que poderia ser engraçada em um outro momento, mas agora me doloria a cada palavra proferida. - Não tinha o direito de te trair? Ora faça-me o favor.. eu não sou nada seu! Não pense que eu sou, não cobre que eu seja!


Senti a martelada profunda e agúda de toda a verdade que ele jogava em mim como flechas inflamadas de sinceridade em excesso.

- Você não tinha o direito de me deixar desse jeito. Não deveria ter sido tão perfeito antes.. Quem você é agora? - tentei gritar, mas não era como se minha garganta pudesse me obedecer, então sussurrei.

- Sou agora o que sempre fui.. Eu mesmo. Distante demais de você pra que pudesse dizer que me conhece.

- Eu.. - pateticamente estendi as duas mãos em sua direção, tentando agarrar pelas pernas o pouco que ainda me restava do cara que conheci. - Eu.. sabia quem você era!

- Não, não sabia. Você conheceu uma pessoa que criei pra você. Uma pessoa fantasiosa e, como você disse, perfeita. - ele se abaixou e puxou meu queixo pra chuva. - acorda, princesa, contos de fadas não existem.


Soltei as pernas dele e deixei minhas mãos penderem sem vida no asfalto molhado. Já não me importava mais se elas ardiam. Nada poderia arder tanto quanto a sensação de queimado que beirava meu peito.

- Nunca achei que você fosse meu príncipe.. Eu só queria..

- O que você queria? - ele gritou pro alto com um sarcasmo exagerado. - queria que eu te pegasse no colo e levasse pro nosso palácio?

- Não, na verdade eu.. - não sabia mais o que dizer. Nem eu sabia o que queria dele. Será mesmo que esperei isso tudo?


As lágrimas de vergonha caíram instintivamente por meu rosto. O sentimento de humilhação era mais forte do que qualquer coisa.. As palavras doíam mais do que o frio. Eram mais geladas, eram mais cortantes. Soltei o ar num impulso e me levantei.
Ele sorriu de canto e eu caí outra vez. Não, meu coração gritou, esse sorriso não!


- Imagino todas as perguntas imbecis que você está se fazendo agora. - ele murmurou por entre o meu sorriso.


O sorriso dele, mas que já era tão meu.

- Que perguntas? - eu sibilei de volta.


Tentei falar alto. Tentei mostrar indiferença, tentei ser mais forte que as lágrimas, mas elas eram pesadas.

- Ela é mais bonita do que eu? - ele disse num tom de arremedo. - Ela beija melhor do que eu? - o ouvi sussurrar bem próximo ao meu ouvido. - Por que ela e não eu? - ele finalizou com o único golpe mais profundo do que todas as verdades.


Estremeci dos pés à cabeça e soltei um murmúrio covarde. Ele estava certo. Eu realmente tinha me feito todas aquelas perguntas imbecis. Tive vontade de gritar pra que ele me respondesse uma a uma. Pra que me desse uma luz, pra que me estendesse uma mão, mas me vi sozinha outra vez naquele mar de angústia que já me afogava completamente. Era chuva, era lágrima, era dor. Tudo entrando devagar por todos os poros do meu corpo. Cerrei os dentes.

- Pare, por favor. - gritei no tom mais baixo que um grito desesperado pode ter.

- Por que eu pararia? - ele ironizou.

- Por que dói.. - eu solucei. - Dói demais!


Eu já desejava que ele me deixasse pra apodrecer. Que me largasse sozinha com os cacos fétidos do meu coração vazio. Mas ele não seria tão misericordioso. Se fosse assim seria tão fácil..

- Não deveria doer, deveria? - ele sentou-se do meu lado na calçada e pegou a minha mão entre as suas. Não senti nada. Nem o calor estranho que me subia até o rosto cada vez que ele passava por perto. Agora eu sabia que não conhecia esse homem.

- Não.. Não deveria. - eu me soltei dele e levantei de novo. Dessa vez eu não ia deixar que aquele sorriso me desequilibrasse. - Mas você está certo. Eu fantasiei demais. Eu inventei demais. A culpada sou eu por todos os meus fantasmas. Agora vá, me deixe em paz.. Siga seu caminho e me deixe viver só com a lembrança do que fizemos. Por que não tivemos e nem somos, só fizemos.


Ele levantou o rosto e me encarou na penumbra. Eu não sustentei seu olhar. Não precisava mais, não era mais o meu príncipe inventado. Fechei os olhos apenas por um segundo pra secar as lágrimas que ainda se esgueiravam por ali e, quando os abri, ele não estava mais lá. Tinha desaparecido junto com a chuva. Tinha sumido junto com a rua. Eu estava só. No meu quarto, ainda abraçada aos meus joelhos, mas, finalmente, em paz.

11 Expressões Usadas pelas Mulheres

1 - "Certo": Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas estão certas e você precisa se calar.


2 - "5 minutos": Se ela está se arrumando significa meia hora. "5 minutos" só são cinco minutos se esse for o prazo que ela te deu para ver o futebol antes de ajudar nas tarefas domésticas.



3 - "Nada": Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está acontecendo e que você deve ficar atento. Discussões que começam em "Nada" normalmente terminam em "Certo".



4 - "Você que sabe": É um desafio, não uma permissão. Ela está te desafiando, e nessa hora você tem que saber o que ela quer... e não diga que também não sabe!



5 - Suspiro ALTO: Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que freqüentemente confunde os homens. Um suspiro alto significa que ela pensa que você é um idiota e que ela está imaginando porque ela está perdendo tempo parado ali discutindo com você sobre “Nada”.



6 - "Tudo bem": Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. "Tudo bem" significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando você vai pagar por sua mancada.



7 - "Obrigada": Uma mulher está agradecendo, não questione, nem desmaie. Apenas diga "de nada". (Uma colocação pessoal: é verdade, a menos que ela diga "MUITO obrigada" - isso é PURO SARCASMO e ela não está agradecendo por coisa nenhuma. Nesse caso, NÃO diga "de nada". Isso apenas provocará o "Esquece").



8 - "Esquece": É uma mulher dizendo "FODA-SE !!"



9 - "Deixa pra lá, EU resolvo": Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes para um homem fazer algo, mas agora está fazendo ela mesma. Isso resultará no homem perguntando "o que aconteceu?". Para a resposta da mulher, consulte o item 3.



10 - "Precisamos conversar!": Fodeu!!!, você está a 30 segundos de levar um pé na bunda.



11 - "Sabe, eu estive pensando...": Esta expressão até parece inofensiva, mas usualmente precede os Quatro Cavaleiros do Apocalipse...



Claro que tem algumas coisas que podem ser melhoradas, mas isso explica muita coisa! UAHEAUEAHEA, amei..

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Lua Nova

Me calei. De minhas próprias palavras fiz a mordaça que amarrei em volta do meu rosto. Pra segurar minha boca que, tão pouca, se fazia grande em expôr-se. Cansou-se desse meio sentimento quase inteiro, dessa metade de um amor parte verdadeiro e parte inventado.


E vivido, mas tão sorrido e sofrido que chega a ser maquiado.


Samba a canção da vida com seu melhor vestido que está, hoje, amarrotado. E sujo, e rôto... Precisando de uma água, um sabão, uma mão nessa contra-situação de saturação do nosso carbono insaturado. Humano insaturado. Injustiçado pela vontade sem volta. Você volta?


Todos a minha volta são os outros que, tão poucos, não são nada. Só você seria. Isso se me quisesse sua, com minha canção de rua, minha verdade crua...


Olho meu céu sem lua. Sem você. Lua nova, maré vazia. Minha cantoria? Amordaçada.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Só de sacanagem

Meu coração está aos pulos!


Quantas vezes minha esperança será posta à prova?


Por quantas provas terá ela que passar? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu, do nosso dinheiro que reservamos duramente para educar os meninos mais pobres que nós, para cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais, esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais.


Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta à prova?


Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais?


É certo que tempos difíceis existem para aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz.


Meu coração está no escuro, a luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam: “Não roubarás”, “Devolva o lápis do coleguinha”, “Esse apontador não é seu, minha filha”. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar.



Até habeas corpus preventivo, coisa da qual nunca tinha visto falar e sobre a qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará. Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear: mais honesta ainda vou ficar.


Só de sacanagem! Dirão: “Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba” e vou dizer: “Não importa, será esse o meu carnaval, vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos, vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo a gente consegue ser livre, ético e o escambau.”



Dirão: “É inútil, todo o mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal”. Eu direi: Não admito, minha esperança é imortal. Eu repito, ouviram? Imortal! Sei que não dá para mudar o começo mas, se a gente quiser, vai dar para mudar o final!”


autora: Elisa Lucinda

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Quem sou eu.

Eu sou a música não cantada.
A poesia não rimada.
A frase não proferida.
A palavra ainda não escrita.
Sou um ponto final acompanhado de mais dois pontos.
Sou eco e silêncio.
Não sou parte alguma.
E, mais que isso, sou todo o resto.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Pra que Edward? (Parte II)

OUTRA COISA muito importante sobre o cara da sua vida:


Você vai ficar um tempão fingindo que o ama de vez em quando, mas, lá no fundo, vai saber que ama sempre... E ele também vai saber disso, mas só que os dois vão demorar pra dizer um ao outro que se amam... Vão preferir falar de amenidades. Vão falar até de paixão. Vão dizer que se gostam e declarar isso pra quem quiser saber, mas amor? Nossa, ele só vai falar que te ama num dia que você menos esperar.
Simplesmente por que vai ser uma tarde de terça-feira chuvosa.. e ele ta achando o filme horrível. Enfim... Ele vai ser daqueles caras estranhos que ficam meio calados de vez em quando, mas aí você vai abraçar ele... E, mesmo quando você quiser estar estranha, não vai conseguir por que só ele vai saber o jeito certo de sussurrar alguma coisa linda no seu ouvido... Ou, quer saber? Uma coisa bem idiota, do tipo: Você viu Os Simpsons ontem? E isso não vai te fazer rir... Isso vai te arrepiar até o ultimo fio de cabelo sabe por quê? Por que vai ser ele falando... A voz dele! *-*


E a voz dele.. Nossa, vai ser o mundo pra você! õ/


E você vai contar tudo pra ele, independente do que seja... você vai comentar com ele querer saber a opinião dele. Vai sempre querer ouvir o que ele pensa e ele vai te ajudar nas suas dúvidas, nos seus problemas e vai querer que você o ajude também e vai dar tanta atenção às suas pequenas coisas que você vai achar que ter regado as plantas é o acontecimento do ano!

domingo, 20 de setembro de 2009

Pra que Edward? (Parte I)

Uma conversa entre Rebeca e eu sobre o cara perfeito. Dividirei em pelo menos três partes pra não ficar cansativo. É só que eu quero ter isso guardado pra comparações futuras. Aí vai com a introdução:


Bell diz que acha que não vai conseguir amar alguém nunca mais. Segue meu discurso.



Eu acho que eu vou amar sim u_u e ele não vai ser nada parecido com Edward... E QUER SABER? Você vai amar também! E ainda vai se ver perdidamente apaixonada. E bem idiota, e bem boba... E vai achar tudo lindo e colorido e vai pensar que ta sendo fácil demais até... Por que ele vai amar você do mesmo jeito e então você vai esperar que acabe e nunca vai acabar. E vocês vão brigar, mas, no fundo, você vai saber que não é uma briga definitiva, que é uma briga boba... E depois tudo vai ficar bem de novo! u_u E vai se achar burra e cega por ter brigado com esse cara perfeito, assim como ele vai se achar idiota porque brigou com você u_u enfim, você vai achar ele um completo babaca \z mas vai amar mesmo assim... E vai ficar grávida lá, com um barrigão... Imaginando se seu filho vai parecer mais com ele ou com você. Torcendo pra ter o seu nariz, mas querendo o queixo dele. Aí ele vai brincar com você falando coisas que você acha completamente bobas, (por que ele vai ser bobo)... E você vai dizer isso a ele. Então ele vai rir e dizer que você também é boba. u.u E você vai rir de volta... Sabendo que é verdade. Você é boba, mas é feliz e, sinceramente, é o que importa.


ps: Os emoticons não foram retirados por que dão ênfase ao texto.

sábado, 19 de setembro de 2009

Wherever

Comecei a procurar agora.. Em todos os cantos dentro de mim até saber que não encontraria em lugar algum. Nem em meio às emoções que deixei amontoadas e sujas no quarto, nem debaixo da cama de tranquilidade e angústia que me deito todos os dias. Comecei a procurar agora e vejo que Clarice Lispector estava certa o tempo todo. "Não se sabe qual defeito sustenta o edifício inteiro". Qual terá sido o defeito que, erradamente, arranquei de mim pra que hoje, olhando em meus próprios olhos no espelho, contemplasse o vazio? Será que podei tanto a ponto da ausência de mim mesma ser perceptível até pela outra metade que deixei? Meu pedaço.. Eu te dei? Aonde coloquei? Droga... "Quando você olha muito tempo pra o abismo, ele olha de volta pra você". Certos outra vez.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Brega

Estou me sentindo meio brega hoje. Com aquela vontade esquisita de cantar uma música antiga enquanto visito o site da turma da mônica rindo sem parar de quadrinhos idiotas. Sinto como se ser inteligente fosse só mais uma bobagem anunciada aos quatro ventos por todos esses que prezam muito mais a beleza que o que as pessoas são de fato. E não sou hipócrita, ainda acredito na inteligência, ainda acredito na beleza. É só que, só por hoje, queria me sentir livre pra sair na rua com meu cabelo preso no lugar mais alto da cabeça, ou com minha calça no umbigo, quem sabe? Queria rir de minhas piadas particulares na frente de todo mundo e, mais que isso, mascar chiclete alto e ser nojenta. Ah, que sonho é ser aquela fora-da-lei incorrigível, né? Uma pessoa com asas demais e disponibilidade de voar pra todos os cantos que desejar. Falando em voar... Me deu saudade dele. E quando me dá saudade eu prefiro não escrever mais. Vou parar por aqui pra não ser piegas. Ta vendo? Até quando quero ser brega evito ser piegas. Díficil ser chique.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Café Pequeno

Nós dois conquistamos a amizade um do outro tão rápido que acho que nos víamos através das escamas de perfeição que vedam os olhos de qualquer novo amigo antes da plena consciência dos defeitos do outro. Ele era daqueles caras seguros de si que andam não com o rei na barriga, como diria a minha mãe, mas debaixo dos pés. É, ele caminhava por sobre a realeza e se sobrepujava em conhecimento sentimental e auto-controle. Um rapaz tão frio quanto uma noite solitária e tão comedido quanto 300 ml de leite para bolo. Bem, ao menos eu o pensava ser. Ele me fez acreditar na projeção que fazia de si mesmo e eu, de alguma maneira estranha, transbordei mais capacidade de perdão do que havia em minhas reservas particulares. Então veio, como um baque surdo, premeditado e esperado, o açoite da escolha que ele fez.


A dor do desejo de esquecer latejou forte em minha pele marcada, mas a ardência da impossibilidade de deixar pra trás foi o que me consumiu e contorceu até esse leve estado de torpor em que me acho.


Claro que eu podia simplesmente apagar, mas, você sabe, uma boa amizade é como café. Depois que esfria pode ser requentado, mas terá perdido muito do primeiro sabor.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Morna

Tem dias que eu me sinto assim. E assim é assim-assim. Nem completamente cheia, nem vazia. Me sinto morna e isso é tão estranho quanto me sentir quente ou fria. Não. Mais ainda. É como se eu quisesse algo que pudesse quase tocar e não tivesse vontade de me levantar pra pegar. E hoje também não quero escrever com palavras bonitas. Só vou dizer que estou chateada pelo rumo de nada que minha vida ta seguindo. Não posso fazer porra de plano nenhum, mas tenho que alimentar esperanças. Droga de esperança que me impulsiona a fazer planos. Sorriso filho-de-uma-puta que não sai do meu olhar mesmo que não sorria com os lábios. E assim, com um sorriso meio-a-meio - pois é sorriso de olhos, mas não de lábios - sigo morna. Quase sendo vomitada da boca de alguém. Mas é só por hoje, ok?

domingo, 6 de setembro de 2009

Vai passar

"Olhe, não fique assim não, vai passar. Eu sei que dói. É horrível. Eu sei que parece que você não vai agüentar, mas agüenta. Sei que parece que vai explodir, mas não explode. Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar. (Fernando Pessoa escreveu, num momento parecido, "hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu")


Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena. A gente acha que não vai agüentar, mas agüenta: as dores da vida.
Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou. Agora já é dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás.


Você acha que não porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe.


A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou.


Agora não dá mesmo pra ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. Como cantou Vinícius: "É melhor viver do que ser feliz". Porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói,ai,eu sei como dói. Mas passa.


Tá vendo a felicidade ali na frente? Não, você não tá vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o unico jeito de deixá-la pra trás é continuar andando.


Você vai ser feliz.


Tá vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto de agulha?P>
Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que tô falando a verdade.


Eu não minto.


Vai passar."


Antônio Prata

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sem sombras

"Senti o sangue subir por meu rosto e desejei, subitamente, que fosse uma quentura de raiva. Pensei por um segundo que eu deveria estar chateada por sua resposta pouco delicada ou por sua súbita falta de interesse em qualquer coisa que eu dissesse. Mas a temperatura do meu rosto só aumentava por ter certeza de que estava envergonhada e o pior era que eu sabia."


Acho quase fascinante a maneira como a minha montanha russa de emoções guia seus loopings de uma maneira subconscientemente paralela ao seu estado de graça. Se seu sorriso é mais divertido, o meu também é. Se sua tagarelisse é apreensiva, o ritmo da minha respiração acalma-se no seu compasso. E define-se dentro do que você está.


Penso ser meio boba toda essa história espalhada aos quatro ventos de que você se torna o reflexo da pessoa por quem se apaixona. Já estou plenamente convencida de não ser a sua sombra, mas eu posso sentir internamente como se você fosse a lua que guia as minhas marés. Eu, inconstante como o mar. Você, sólido e imponente. Às vezes tão distante outras vezes tão quente. No nosso vai-e-vem inconstante a sensação é única de maresia, dormência e leveza. Quase me dá sono olhar pra nós dois juntos. Com jogos que já são tão escancarados que qualquer um ponderaria tratar de dois idiotas fingindo fingir que não há nada. Não somos. Já sabemos o que acontece, mas gostamos de brincar com a verdade e moldá-la a nosso gosto. Como se uma hora fôssemos tudo que o outro tem e, outra hora, não tivéssemos nada a oferecer. Respiro fundo o meu cheiro de mar salgado e esvazio-me já esperando o momento em que, com um comando mudo seu, encherei outra vez pra percebê-lo orbitando ao meu redor. Não somos reflexos, somos completos. E complexos.


"Não adoro nem venero, mas gosto na medida sadia e humana em que uma pessoa pode gostar de outra..." - Caio F. Abreu

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Meus duendes

Estou triste agora. Daquelas tristezas que vêm de parte alguma apenas pra nos fazer sentir um pouco mais humanos. Meio como uma lufada de ar gelado que nos pega de surpresa num calor escaldante e desce pela espinhas arrepiando os cabelos da nuca, sabe?


Fato é que mal sinto vontade de escrever, ler ou conversar... E me aperta uma vontade louca de chorar - quase como se houvesse motivo pra isso.


Escuto agora alguma música quase fúnebre que embala docemente todo o meu desprazer em sorrir. Não quero mais e nem sei por que. Acho que algo aconteceu com os meus duendes do contentamento. Não digo que se foram, mas precisavam dormir um pouco. Vieram, viraram minha casa de cabeça pra baixo, e agora descansam até o momento em que acordarão prontos a me bagunçar outra vez. Espero.


"Dai-me Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo, um ponto de partida para um novo avanço." - Cecília Meireles

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sou palhaça

Depois de um quilo, dois meses e alguns gramas de brincadeiras bobas cuspidas por uma boca ingenuamente bendizente, aqui estou. Querendo ser feliz ao meu próprio tom. Sem precisar de ritmos diversos ou palpites controversos a respeito de quem eu sou. Não quero definições que restrinjam o meu sorriso, a minha bobagem... Felicidade.


Se é com essas cores que pinto o meu quadro de sensações, sinto muito caso não te agrade o meu jeito de viver minhas próprias emoções. São minhas. A licença poética me pertence de maneira tal que, dentro de mim, posso ser qualquer coisa que queira e, no momento, quero ser boba. E sou. Talvez esse seja o preço que pago pra ser energia fluida de uma paz que me consome.


Já ouviu falar disso? Paz que consome por dentro como se queimasse? Parece que preciso tirar a roupa de tanto que desejo que a ardência pare. Não uma roupa física que se pega com as mãos, joga-se ao chão, pisa-se, escanteia-se... Uma roupa mais espiritual, uma roupa de aura, uma vestimenta interna. É paz demais e tanta que me agonia ser a artista mais paradoxal desse circo de felicidade.


"Certas coisas são tão evidentes, apesar de inexplicáveis, que a gente não pode deixar de acreditar." - Caio F. Abreu

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Silêncio

Me visto dele e observo. Percebo intenções e sensações. Escuto palavras não ditas, capto olhares perdidos e me insiro vagarosamente num um mundo completamente mudo em que as pessoas continuam gritando seus ritmos frenéticos. Outras tantas se trancam no mesmo espaço sufocante em que estou, embora sejam protagonistas da sua própria criação. Representam. Eu não! Não é que seja de poucas palavras. Pelo menos não o tempo todo, eu diria. Mas há momentos em que a minha solidão grita e angustia-se. Sozinha. Eu apenas observo a falta de companhia e sorrio pra mim mesma pensando dentro de mim que estou muito bem assim. Comigo e só. Não quero e nem preciso de mais ninguém. Nem sons, nem sonhos. Ou voz. Abano a cabeça, encaixo-me no todo e escuto. Mais uma vez: Silêncio.


"O que sinto não é traduzível. Eu me expresso melhor pelo silêncio." - Clarice Lispector

Francamente?

Desconheço-me.
Olho para dentro de mim e vejo verdade. Mentira, não? Vejo felicidade - sem a velha capa de falsidade que hoje jaz rota no chão -. O meu maquinal numa superfície espelhada qualquer, finalmente retrata quem sou. Sou isso, apenas riso e sorriso. Completa. Não me falta uma parte sequer a ser preenchida - mesmo que de maneira alguma dispense o que me acrescenta -. Vida! Sem mais tantas perguntas irrespondíveis ao meu próprio respeito. Agora sou somente o que se vê, embora nem todos vejam o quão intensamento o sou.

"E a vida existe e também é bonita. E se renova. Tem lados de luz." - Caio F. Abreu

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

14.07.2005

Olhe nos meus olhos.
Agora podes ver?
Podes enxergar?
Olhe nos meus olhos
Agora podes entender?
Podes me explicar?
Olhe nos meus olhos
Vê bem lá no fundo tudo que escondi?
Percebe em meus olhos tudo o que sofri?
Olhe nos meus olhos
Verás no mais profundo um infinito de amor.
Agora esqueças tudo! Simplesmente acabou...
Olhe nos meus olhos
Vê tudo que cobre aquele sentimento?
Vê a profundidade do meu sofrimento?
Jamais olhei em teus olhos por que nunca quis que soubesse
Que por maior amor que houvesse,
Você o fez morrer.
O fez morrer com palavras
Mas muito mais com ações.
Com coisas que falavas.
Ou que fazias ou não.
O fez morrer pouco a pouco
Com cada olhar não sustentado
Com cada beijo intercalados de promessas sem fim.
E fez morrer bem lentamente
Cada vez mais intensamente
Tudo de bom que havia em mim.

"Aquilo que não nos mata, torna-nos mais fortes." - Friedrich W. Nietzsche

Um não-texto

Ocorre-me agora que tive vontade de escrever há pouco e não me lembro mais o que diria. Foi vontade flutuante que veio e foi tão mais rápido que os meus dedos e mais ágil que minha organização. Os pensamentos chegaram e saíram sem limpar os pés, sem sentar pra um lanche, sem se prender à parede, sem me sorrir por mais de um minuto. Ficaram e deixaram um sabor, um cheiro, uma marca e mais nada. Escrevo então como em homenagem a uma idéia fugitiva. Me fugiu e agora perambula por aí com seu sorriso mais bonito. Quando a encontrar, devolva-me. A preciso.


"Eu te procurei em dicionários e não encontrei teu significado. onde está teu sinônimo no mundo? onde está o meu sinônimo na vida? sou ímpar." - Clarice Lispector

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Vendada


Meu Deus! Alguém tira essa cara de felicidade do meu rosto, alguém devolva o sépia, preto e branco, os tons de cinza às cores que hoje se fazem vibrantes à minha frente. Meus olhos estão deliberadamente ofuscados. nublados... E, ainda assim, as coisas são mais vivas ao meu redor. Vibração interna, externa... Percebo a vida passear no espaço-tempo com a sua roupa mais bonita. Enxergo-a com olhos apaixonados e, por favor, alguém tira esse bobo do meu sorriso? Poucos medos fazem tanto medo.. Poucos erros fazem tantos acertos. Não existe alguém assim e, se existe, por que meu? Não.. não meu. Pra mim! Bem, talvez não seja tudo isso. (quem sabe?) Talvez é apenas aquela mesma camada de perfeição que venda os olhos de qualquer apaixonado. E apaixonada vou... Relendo textos, lembrando uma voz, fantasiando sensações, falando bobagens e rindo (como nunca) de piadas particulares. Flutuo, planando, futuro chegando.. vôo! Só meu e de mais ninguém. Meu e dele... Como se fôssemos um. Tão fácil que parece quase mentira.


"É agora que quero dividir maças, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena." - Caio F. Abreu

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Tão meu...


Eu o conheci num dos piores momentos da minha vida e fiz dele um suporte em situações nas quais não conseguia lidar comigo mesma e meus medos. Espremi ao máximo as capacidades dele e o fiz me escutar, me entender e me ajudar quando mais ninguém seria suficiente.
Abri meu coração pra ele, mas deixei apenas que desse uma boa olhada e me avisasse o que precisava de reparos.
Ele nunca teve permissão pra entrar.
Nunca teve o direito de se enfiar em minha vida e trazer ainda mais sentimentos conflitantes, então ele não o fez.
Ficou do lado de fora observando o movimento dos pedreiros enquanto ele mesmo organizava a reconstrução dos meus muros. Me ajudou a levantar parede por parede da minha fortaleza interior e, quando a casa estava finalmente pronta - e meus muros, imponentes, me cercavam de proteção. - não podia mais vê-lo do outro lado da rua.
Eu não precisava mais dele então, pra mim, nossa história acabara ali.
Ele nunca teve permissão pra entrar.
E nesse meio tempo, nesse contratempo, nesse compasso, conheci outro laço, me envolvi em outro abraço.
Às vezes, confesso, pensava nele, agradecida, quando me via sozinha. Era raro, fiz outras amigas. Novas pessoas surgiram pra limpar a casa junto comigo.
Enquanto arrumava as coisas dentro de mim, o percebi em cada sala, corredor, parede. A simples existência da minha casa outra vez lembrava ele.
Lembrava a alegria que ele teve em me ajudar, lembrava a falta de barulho dele ao me ver ir embora sem acenar, sem olhar pra trás, sem me importar.
Tudo me trazia ele.
Os móveis, as cores, os cômodos da minha fortaleza reestruturada eram traços do rosto dele, do riso dele, do jeito dele.
Mas ele nunca teve permissão pra entrar.
Não viu o que eu tinha por dentro enquanto as coisas estavam arrumadas, mas então uma tempestade, quase tão assustadora quanto a primeira, veio levar o meu telhado e um dos muros.
Eu sentei sozinha na varanda destruída e, ao me sentir vazia, levantei os olhos pra examinar calmamente o lugar onde o tinha visto pela última vez.
Então, como se estivesse parado ali, me esperando durante todo esse tempo, ele me acenou sorrindo.
Eu estiquei as pernas, enxuguei as lágrimas, acenei de volta e, silenciosamente, gritei por ajuda. E ele veio.
Demorou pra me ajudar a consertar os estragos, mas fez tudo outra vez com o mesmo sorriso e, desta feita, eu o mantive na varanda pra uma conversa de amigos. Um bolinho, um chá. Havia tantas coisas que eu queria contar...
Ele me escutou, comentou e riu comigo até eu avisar que era hora de ir e entrar em casa sem o convidar.
Dessa vez ele parou à porta e, olhando calmamente em meus olhos, não me deixou fechar.
Entrou de fininho, jogou as coisas no sofá e foi ficando. Eu fui gostando, mas tudo bem.
Sempre fui mais ele do que qualquer outro cara que convidei a ficar. Sempre lembrei mais dele e sempre sorri mais por ele. Apenas nunca senti merecer sua presença em minha casa e, por isso:
Ele nunca teve permissão pra entrar.
Até que um dia trouxe as coisas e passou a morar lá. Dentro da minha casa, minha fortaleza, meu coração. Pra estar em meus pensamentos ele nunca pediu minha permissão.

"Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O Amor." - Drummond

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Memory



Então .. Hoje eu senti falta dele. Uma falta estranha que há muito eu não sentia... Como se ele fosse uma ferida mal cicatrizada que "ainda lateja louca nos dias de chuva". Senti falta do jeito infantil que ele falava comigo, das brincadeiras bobas, dos contatos suaves, das músicas que mandava. Me aperta uma saudade sufocante até das nossas brigas idiotas. Penso nelas como uma necessidade pra que a reconciliação fosse ainda mais forte. Estou angustiada agora. Quando imaginei ter me limpado de toda a podridão desse sentimento machucado, quando pensei ter jogado fora todos os cacos do pedaço de coração que ele me devolveu... Aqui estou eu, sentindo outra vez. E sentindo muito, e sentindo saudade. Da risada dele, do sarcasmo, do toque inesperado. Sinto falta até da frieza. A frieza calculada pra que eu sofresse, mas não demais. E não de menos. Uma frieza que acompanhava um pedido de desculpas. Meu, dele, nosso. Sinto falta do "nosso". E não devia sentir... Eu sei. Mas sinto. E dói.

"O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente." - Drummond

domingo, 19 de julho de 2009

Online


Fallux diz:

posso perguntar uma coisa?

pq tantas revelaçoes?

quase epifanias

Carla Rosenvelt diz:

por que eu to cansada de mim

e assombrada cmg msm

e estou numa epifania interna

angustiada por ser quem sou

de um jeito tao desesperado que quase quero fugir de mim mesma sem ter como

não é que doa, você sabe, só arde

como um corte fino feito pela lateral de uma folha em branco.

mas, ainda assim, sangra.


"Não queria ser privada de si, ela queria ser ela mesma." - Clarice Lispector

terça-feira, 14 de julho de 2009

Quero dormir.


Estou aqui essa hora da noite (pausa pra você conferir a hora da postagem) fazendo um trabalho idiota interessante sobre a história das matrizes. Beleza. Tudo muito lindo, tudo muito legal se não fosse apenas por um pequeno e ínfimo porém: IAI , VELHOOOOO? O que eu tenho a ver com o carinha que ta fodendo destroçando a minha vida?
(pausa pra seu cérebro pegar no tranco o querido leitor pensar)
Exatamente. Nada.
Então por que eu tenho que estar fazendo um trabalho sobre isso nesse horário enquanto as minhas pernas doem, meus braços doem, minha cabeça dói e meu tronco dói?
Por que Azly mandou. Só por isso. Ah, e por que vale ponto também.
Acabo de entender que ser aluno não significa "sem luz" como já diziam os antigos, mas sem vontade própria.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Nem...


Estou tão cansada do meu bloguinho... Em breve virei escrever algo idiota útil sobre minha vida de merda. Beijos pessoinhas desocupadas!

domingo, 5 de julho de 2009

Miss ya!

Pra falar a verdade eu sinto a sua falta.
É, é realmente estranho passar e não falar direito. É muito estranho que vocÊ não saiba metade das coisas que estão acontecendo comigo. É idiotice pensar que continua a mesma coisa. Não sei nem se estou escrevendo isso pra que as coisas voltem a ser como eram. Não sei se isso ainda pode acontecer, mas sei que, se pode, depende da gente. É uma droga saber as novidades por outra pessoa, é um saco olhar de longe e perceber que você ta bem, ta acompanhada, ta sozinha, ta triste, ta .. qualquer coisa. Só percebendo. Sem chegar pra perguntar, sem saber de verdade, sem .. amizade.
Quer saber? Pra falar a verdade, eu sinto a sua falta. Demais!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Contrário

Meu reflexo. Convexo, me expresso de forma a convencer o leitor. Meu léxico. Sem nexo. Sobre você. Meu reflexo.
Tão parecidos, completamente iguais, mas contrários como um maquinal. Não é banal, nem normal. Fatal!
Você meu oposto, tão antagônico quanto o irônico sinônimo. Parecidos, não o mesmo. Diferentes. Um avesso.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Meu diário I

20/06/2009 - 9:00 - no restaurante pra Aracaju.


Já estamos em Sergipe e a galera aqui fala parecendo Vavah.. Falando nele, mainha disse que no começo do ano que vem a gente vai pra PE!


22/06/2009 - 10:55 - no carro indo pra praia.


Tamo só esperando Teté sair da casa pra gente ir... Pronto, acho que já vamos. Beijo =*


15:10 - no quarto do video game.


Acabei de perder pra Asafe meu primo de quatro anos aqui num joguinho de luta. Quem merece?


[...]


UAHEUAHAUEHAUEHAEUAHEUAEUAEHAE

Era o video game que tava jogando. E a gente achando que era Asafe! Daqui a pouco Teté olha pra ele e tá Asafe comendo meleca e o bicho matando todo mundo lá dentro do video game.
Ah, comprei duas blusas pras meninas. Uma grandona pra Tami e uma pequena e fofis pra Biia. E ainda duas sandálias chaveiro com o nome de cada uma atrás. Pra Tai eu vou dar um brinco e pra Dica vou dar meu brinco P&B que ela gosta tanto. Já tinha planejado dar antes, mas o bregueço tinha sumido, né? Aí é tenso. Mas aí eu achei sexta-feira quando tava arrumando a mala. No fundo da minha gaveta pra você ter uma noção de quantas vezes eu arrumo ela!


Comprei altas coisas lá no mercado. Lista:


3 pares de brincos


2 argolinhas


1 tornozeleira


2 blusas


2 chaveiros |


Ow, Vini me mandou mensagem sábado e eu respondi, daí ele não mandou mais nada. Bem, quando ele comprar as passagens, manda sms avisando. Espero! | nao ta dando enter aqui.. comofás

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Lan House

Sim, meu PC deu pau de vez! Juro que não me importo que ele volte sem emoticons. Lan house é um saco, cara! Nada de privacidade, nada de minhas fotos, minhas músicas, meu teclado, meu plus! Poxa... Tenso isso, viu? Quero férias dessa vida desinformatizada! Ah, gente, eu vou pra Aracaju! Vou ver Teteh que não vejo ha tanto tempo! Que saudade dele, velho... Falando em saudade, vocês nunca vão acreditar quando eu contar que Rick falou comigo de novo hoje. Ta vendo, vocês não acreditaram ignorem que a maioria nem sabe nem quem ele é, eu disse! Ah, hoje foi teste de física lá na sala. Eu achei fácil... Mas vai que me dou super mal, né? Melhor não sair por aí dizendo que tava água, e coisa e tal...

Quando chego na sala hoje, adivinhem? Tava tendo teste de inglês. Oxi, eu nem sabia que tinha teste hoje, mas ainda bem que era de inglês, né? Por que aí eu fiz em uns vinte minutos. Vai que me acontece uma surpresa dessa em matemática. Sai... melhor nem falar essas coisas pra não vir urucubaca pra cima de mim. Credo.

Bem, gente, bom São João pra vocês e divirtam-se, viu? Estarei de volta em breve se meu PC cooperar. Amo-nos!

sábado, 13 de junho de 2009

detected

Gente.. meu dia hoje ta uma merda, to no pc de minha mãe, o meu será formatado e adivinhem? vou perder meus emoticons! compreendam, meus emoticons são minha identidade! sem eles eu nao vivo, sem eles eu nao respiro, sem eles eu nao sou eu! Ok, foi um pouco de drama, mas eu nao quero perdê-los, caramba! Droga de vírus idiota! Droga, droga!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Epitáfio de um sorriso

Ao meu confessionário, eu confesso.

Fui pega de surpresa, surpreendida, deprimida, esquecida, cansada e apunhalada. De surpresa. Juro que não esperava. Talvez de uma qualquer, talvez a outra até... E agora você espera que meus olhos não se encham de lágrimas quando lembro que a minha menininha de sorriso feliz... Infeliz... E por um triz eu confiei demais. Jamais! Não mais! Nada mais será sincero em seu olhar infantil. Meu amor morreu... Doeu... Eu confesso. Vou sentir sua falta nesse pedaço que era tão seu em meu coração por que hoje trago flores... Trago cravos, trago amores, me trago, me entrego e me nego a acreditar. Era mesmo você? Por que?


Sabe, posso ainda te ver sorrindo pra mim e acenando enquanto fica cada vez mais inalcançável. Então vejo um diamante caindo no chão com tanta força que se parte. E eu, desesperada, ajoelhada, amontoando os farelos, tentando colocar tudo junto outra vez. Não dá certo então você simplesmente sorri e acena. Sorri de longe, sorri indo embora pra um lugar distante demais... mas, ainda assim, sorrindo o mesmo sorriso enquanto eu choro sem saber quem matou ou por quê morreu, só com a certeza de que algo definitivamente deixou de existir. Acabou!

E você sorri...

sábado, 6 de junho de 2009

É hoje!

Não que eu esteja realmente tão impolgada com esse forró. Fala sério, eu nem sei dançar forró! Mas vai ter DJ, gente... Pensa aí, muita música eletrônica, amigos, festa! Quase posso sentir a energia de dançar com quem você gosta. Meu pai comprou a blusa que eu queria, cortei meu cabelo e fiz as unhas. Será que dá reggae? Eita, eu vou dançar até o chão cansar e, quando ele cansar, eu tiro o chão e continuo dançando...

"Forró pesado, xote colado... E a menina na ponta do pé"

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Um poema


Somos simples terra e ar

Eu me prendo, você voa

Eu sou escrava do conhecido

Você é amigo do infinito

Aonde teima me levar


Somos simples noite e dia

Você claro, eu sombria

Você distante e quente

Eu convidativa e fria


Somos simples mar e rio

Eu seguindo o meu leito

Você correndo pro vazio

Eu fluindo do meu jeito

Pra te encontrar pelo caminho


Somos simples fogo e água

Eu queimo, você apaga

Eu acendo com os meus medos

E você, tão livre, me escorre pelos dedos

Never again


Sou uma vítima sangrando. Me largo no chão sentindo cada parte do meu corpo se contorcer no ritmo dos seus passos que se distanciam. Quero gritar, mas são muitas mãos sufocando minha garganta. Demônios, fantasmas, desejos... Tudo! Todos! Cada um espera alguma coisa. Cada um deseja que eu fuja o mais rápido possível pra o mais longe que eu puder de mim mesma. Estou ferida e magoada, mas, ainda assim, sinto a decepção e as expectativas deles me sufocarem. Opressão! Desespero! Curiosidade! Frieza! Às vezes não me reconheço espelhada em minhas próprias palavras cruéis, mas a verdade é que não me importo. Mal consigo forçar meu coração a amar as pessoas que merecem, então sigo fingindo que me preocupo, fingindo que sou amiga, insistindo em ser humana. Não! Sou mais bicho que gente. Cheia de desejo por aquele cheiro, repleta de vontade de usar até que toda a pele se vire pelo avesso. A minha e a dele. Quero mais e, quando tenho, não me satisfaz! Sou insaciável e perigosa. Sou cheia de medos, mas corajosa! Eu não sou nada além de um fio. Um espaço entre a morte, a vida e o vazio. Não choro de verdade e preciso enganar até a mim mesma pra me surpreender. Eles pensam que me conhecem, mas não conhecem e eu não os conheço. Não faço questão. Não quero o sorriso dela, não quero satisfazer aos caprichos daquela outra, não me importo de expulsar todos do meu quarto e me trancar sozinha com minhas vontades estranhas. Eu sou estranha, mas não posso dizer que sou necessariamente forte. Quase nunca sou, mas raramente preciso ser. Na verdade, não sei até que ponto sinto e até que ponto me invento. Sou pedaços colados de um caráter forjado. Olhos fundos que já viram muita coisa. Sobrevivi sem sofrer tanto quanto outros, mas ainda sinto meu corpo se contorcer no ritmo dos seus passos que um dia estiveram aqui e se distanciaram ao me ver sangrar tão profusamente graças aos meus ferimentos e fraturas expostas. Se te assustei, não fuja. Eu também me assusto as vezes, mas me impeço de abrir o zíper da minha máscara exterior e sair. Eu preciso de você na mesma medida que você não precisa de mim e te quero com a proporção que você não me quer. Não vá! Espere que eu me cure e, logo, serei eu outra vez, mas não a mesma de novo. Nunca a mesma duas vezes.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Nossa Valsa


Por favor, dê o primeiro passo, entre no meu compasso, eu te dou espaço. Vai, acende a faísca no monte de nossa pólvora particular. Eu com o meu, você com o seu. Esperando só um aviso pra, finalmente, detonar.
Num ritmo nosso, nessa troca de casais. Eu já dancei com o orgulho, você já dançou também. Já recuei, já avancei. Agora peço: faça uso do espaço que te dei.
Nosso rosto colado. Estamos próximos demais sem nos tocar. De mãos juntas e olhos fixos, sem nos olhar. "E sua vida, como anda?" Se eu te puxo da varanda, você ainda quer entrar?
Se resolva, me resolva, nos envolva. Me tire do castigo. E nessa valsa de vontade a pergunta é: Dança comigo?

terça-feira, 2 de junho de 2009

Força Centrífuga


O que sinto é minha corda. É a tensão que me mantém afastada, mas, ainda assim, girando em translação ao redor do seu imo. Meu desejo é essa força centrípeta. Eu preciso escapar, quero seguir o meu caminho num movimento retilíneo completamente uniforme, mas essa vontade insiste em me manter em órbita. Eu não caio, eu não me aproximo, eu não me liberto e, como a lua girando ao redor da Terra, sou um satélite sem vida escravizado pelo desejo e aprisionado ao seu eixo. em uma interessante aula de física

segunda-feira, 1 de junho de 2009

My homework


Bom dia criançada! Como dia de segunda eu só tenho aula a partir de 8:40, estou aqui pra postar sobre uma coisa que tem me estressado muito esses dias: a gripe suína o meu trabalho de física. Caramba! Eu nunca pensei que fosse tão complicado fazer um bom vídeo, mas parece que todos os vídeos do youtube agora têm direitos autorais sobre cortes e o que seja! Já tentei fazer e refazer esse vídeo três umas cinco mil vezes, mas não é como se meu movie maker cooperasse, então vou deixando pra lá. Só que não dá mais pra deixar pra lá! Não posso fazer com que todo mundo da minha equipe simplesmente se foda dê mal desse jeito. Enfim, hoje eu vou saber como foi o forró de sábado e já estou na expectativa do que vem dia 06! Pra Natty que não entendeu, eu explico: Esse forró de sábado custava 25 e agora eu vou pra outros dois que custam 10 e 15 cada um, entendeu? Diz aí se não valeu a pena?

sábado, 30 de maio de 2009

Forró da E-mail.


Insisti. Insisti que minha mãe me deixasse ir, insisti que meu pai me comprasse a camisa, insisti que minhas amigas fossem e que não me deixassem de lado e, quando consegui tudo isso, desisti. Não quero mais ir e não tenho razão pra não querer. Simplesmente não tem graça, não tem vontade... Quero ficar sozinha, quero ficar comigo mesma e pensar em todas as coisas que passarem pela minha cabeça com a calma que mereço. Não quero barulho, não quero amigos, não quero camisa, não quero permissão. Insisti e desisti, mas valeu a pena não querer ir.

sábado, 23 de maio de 2009

Sobre dor...

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse..
-'Qual é o gosto?' - perguntou o Mestre.
-'Ruim' - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra
mão cheia de sal e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
-'Beba um pouco dessa água'. Enquanto a água escorria do queixo do jovem o Mestre perguntou:
-'Qual é o gosto?'
-'Bom!' disse o rapaz.
-'Você sente o gosto do sal?' perguntou o Mestre.
-'Não' disse o jovem..
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos e disse:
-'A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta. É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.

Em outras palavras:
' É deixar de ser copo para tornar-se um lago.'

segunda-feira, 18 de maio de 2009

New one!


Eu comprei uma agenda nova! Graças a Deus! Esse blog começou com o meu triste relato sobre o sumiço da minha amada-e-jamais-esquecida agenda antiga, então fico feliz de poder estar aqui contando sobre minha mais recém adquirida amiga =p Ela é tão linda, gente.. Toda num amarelo meio esverdeado cor de burro quando foge e tem um passarinho na frente. É de 2008, mas eu não acompanho o tempo que tem lá mesmo. Nem ligo! Ah, amanhã promete! Beijos, meus amores e prometo que não os abandono!

domingo, 17 de maio de 2009

O que ELES fazem no banheiro

http://blog.estadao.com.br/blog/antonioprata/?title=o_que_eles_fazem_no_banheiro&more=1&c=1&tb=1&pb=1

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Outro tempo começou

Vamos, não tenha tanto medo assim da novidade! Você não se gaba de ter feito coisas muito maiores, de ter mudado um tanto tão grande, de ter crescido pra o desconhecido? Você não se vê de um jeito tão metamórfico? Por que, então, não se deixar conhecer? Por que continuar sendo tão rasa se pode ser você? Aprofunde-se no conhecimento de si mesma e todos os outros entenderão que, se você se tem, eles também deverão te pertencer. Vamos, não tenha medo! Segure nas mãos que te são estendidas e confie no novo caminho sem precisar cortar a corda que te trará de volta caso a ponte balance e você caia. Use esse tempo pra construir seus muros, ajeitar sua casa, limpar cada canto que ainda tem teias de aranha. Use esse tempo a seu favor e não se deixe sofrer pela falta que o querer te faz. Queira mais! Queira ser... Queira crescer.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Rasguei os planos, foi engano...


Na janela, pela janela...Ah, cheguei da escola empolgada pra escrever sobre ele, mas nem vou não, viu? Melhor deixar essas coisas pra lá antes que eu comece a ficar emo-depressiva e aí nem vocês desocupados vão ter paciência de ler isso daqui! É horrível estudar em outra escola, cara...
Tuuudo bem, do que falar então já que toda a minha inspiração ta indo pra o lado de lá? Er.. Ah, lembrei! Hoje tive prova de inglês e tava ridícula de fácil. Aí tive prova de geografia e tava fácil também, mas a de inglês se superou total³ .. Ontem foi física e eu nem sei colé a daquela prova, vei! Penso que Vicente (o do retrato falado acima) gosta de fuder acabar como a nossa vida. Sério! Tá, agora eu vou aqui comer, tomar banho você usa isso, Carla? e me arrumar pra ir pra casa de Biia comer o bolo de Tami que ela trouxe pra mim. Ta vendo? Isso que é amizade, seu idiota! Beijinhos e até a próxima postagem. Cuidem-se!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Droga!

Preciso fazer um comunicado: meu all star ta machucando meu pé! ¬¬'
amanhã eu volto!

domingo, 10 de maio de 2009

Dia das mães!


E eu não dei nada pra minha mãe além da minha conjutivite. Certo, que espécie de filha eu sou? não responda Bem, gente... Mudei todo o layout do blog e espero que a Natty goste já que ela é uma insuportável no que diz respeito às coisas do blog, né? adoro não ter comentários por que aí posso xingar todos à vontade
Enfim, amanhã tenho prova de física então não vou pra escola. Mentira, vai, não é por isso que eu nao vou. É por que eu ainda estou doente. Isso não passa não, gente. Sério! Já to pensando nos óculos escuros que vou ter que comprar pra não aparecer na rua com esse olho-vampiro-ao-melhor-estilo-edward. Achei o de Suelen até bem estiloso e panz... Tá, devaneei! Ah, gente, fala sério... Tá lindão aqui, não ta?
Quero agradecer imensamente a Vitória por ter tentado me ajudar e por ter me feito ver uma luz no fim do túnel. Beijos Vih e eu nunca vou esquecer disso, vei. ta, talvez eu esqueça, mas você entendeu. Beijos galerinha e feliz dia das mães!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

I'll be back!

Bom dia pessoal!

Tem tempo que não posto nada útil aqui, né? quando foi que postei? Enfim... Estou temporariamente abandonando o blog. Tá, não precisam se desesperar. Eu volto! acho É só que com essa conjutivite, ta difícil manter alguma coisa funcionando por aqui! Obrigada pelos comentários e a todos que seguem e acompanham, ta? Beijo e até a volta!

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Lar, doce escola...

Juro que hoje eu não queria levantar pra ir pra escola por que tinha que entregar um trabalho de desenho que eu não fiz. agora vem a novidade mas aí eu acordei, fui e quando cheguei lá, adivinhem? O PROFESSOR NÃO FOI! Cara, quando Bruna me disse isso eu quase grito de tanta felicidade. Sério. Enfim foi um momento feliz da minha vida, viu? Depois tive aula de educação física e dancei 'adultério' com Biia. passinhos ensaiados, minha gente! Certo que a gente não devia estar fazendo isso no meio da aula sobre nutrição, mas foi inevitável.. Essa música é contagiante e me traz boas recordações.
Fui pro intervalo e comi a torta de seu Aloísio. Droga! Eu não consigo nem manter a merda de um regime em paz que já vem essas tortas deliciosas cobertas de chocolate e morangos e etc. Mas não! Não vou mais comer essas coisas. Sério. Parei. Nem carne eu to comendo mais desde semana passada. Não senti falta não, viu? Mas isso é por que eu ainda to comento presunto e salsicha. Acho errado comer essas coisas se não to comendo carne. Fico com peso na consciência. Sério. Enfim, to indo nessa, amigos do meu Brasil varonil! Amo vocês todos e se cuidem, ta?
See ya!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

sem calor, sem frio.. apenas vazio!


Hoje eu tive teste de química e nem sei se fui tão bem assim.. Esqueci um monte de coisas na hora, apesar de saber o assunto. No de matemática valendo 1.5, tirei 1.0 .. o que não é bom, mas também não é ruim. ta, explica isso pra minha mãe. Enfim, aula de física hoje de tarde e eu até tentei fazer umas questões. Vou ver agora pra onde vou com a lista aqui. Nem fiquei lá até Vicente terminar de explicar todas por que Tami tava vindo aí resolvi vir com ela. Geo também... Sei lá, hoje não é um bom dia pra ele. Como o dia foi pra mim? Bem, foi monotonamente morno. Nem excitante e nem brochante, nem triste e nem feliz, nem alto nem baixo astral... Só mais um dia normal.

¹ preciso tomar banho!

Estar só é bom.

Me sinto como se tivesse poder pra escolher meus próprios caminhos. Ouço a liberdade me gritar do outro lado do abismo. Como ela chegou daquele lado? Se eu pular pra alcançá-la vou cair. Vale a pena tentar pular? Não sei. Tento voltar pra onde é seguro e sair da beira do precipício, mas ele me chama com sua voz sedutora e agridoce. O outro lado espera por mim. A liberdade me encanta como se eu fosse uma daquelas serpentes dentro do pode de algum mago do Oriente. Corro de volta pra o ponto em que os pedregulhos já se desprendem da encosta perigosamente. Sorrio. A sensação de novidade me possui, mas, apesar de tudo, ainda há medo. O medo prende meus pés à montanha do conhecido. Quero me jogar e tentar alcançar o outro lado. Algo me diz que eu não vou conseguir. Sei que, assim que pular, não poderei voltar ao meu monte seguro. Estou confusa, estou angustiada. Desabo sobre minhas próprias pernas e choro em desespero. Não quero cortar as cordas que me prendem, mas meus olhos, mesmo turvos, enxergam a beleza da liberdade do outro lado. Levanto e volto mais para o centro outra vez - dessa vez pra pegar mais impulso. Ao fazê-lo percebo que não vou conseguir pular tão alto, mas, nesse momento, eu já preciso ir nem que seja pra cair. Corro sentindo o vento bater com força em meu rosto já rosado de expectativa e, de olhos fechados, me lanço num infinito de dúvidas e no vazio do desconhecido. É surpresa, mas não um choque, quando não alcanço o outro lado e vejo a liberdade – com um sorriso cínico – acenar pra mim. Nunca achei que fosse voar, eu penso. Mas agora, realmente, só me resta cair. Afinal, estar só não é sempre tão bom assim!

domingo, 26 de abril de 2009

0 x 0


O bom de saber que você não faz questão de mexer peça nenhuma desse enorme tabuleiro de encantamento é que eu posso fazer meu próprio jogo e você terá que se enquadrar em minhas próprias decisões. Jogará a partir das minhas jogadas, tentará me acompanhar dançando a minha música, se movimentando no meu ritmo. Melhor que 1x0 é o 0x0 em que eu posso começar tudo de novo e, dessa vez, fazer do meu jeito.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nem quero

nem quero escrever nada pra vocês lerem hoje. não quero escrever nunca mais! não quero escrever nada! aliás, como diz Taíse, não quero escrever hoje e nem amanhã. Mas vou... e aqui estou... escrevendo por que é a única coisa que eu sei fazer. Escrever, pensar, racionalizar... e fugir!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Feel the rain on your skin...


No one else can feel it for you
Only you can let it in
No one else, no one else
Can speak the words on your lips
Drench yourself in words unspoken


Sinta a chuva em sua pele
Ninguém mais pode sentí-la por você
Só você pode deixar acontecer
Ninguém mais, ninguém mais
Pode falar as palavras que estão em sua boca
Mergulhe a si mesmo em palavras não ditas

Enfim, banho de chuva perfeito com Biia apesar de minha camisa branca ter grudado na minha pele e a coisa toda ter virado uma promiscuidade de cinema. tirem as crianças da sala Faltou Tami, mas tudo bem também... Me disbanderei daqui pra escola só por uma aula de desenho que não teve chamada e assim meu dia foi terminando até eu ler meu livro pra Tami e ela dar uma louca querendo fazer outros milhares de livros pra continuar esse que eu nem terminei o primeiro capítulo.
Amanhã uma postagem decente, ta?

Ah, quero mais opiniões sobre o layout corrigida por Natty! Beijos.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Tentando mudar...

Oi navegantes! Nem tive tempo de vir postar ontem, então vocês estão meio desatualizados, mas fala sério, quem fica lendo meu blog no feriado? Enfim, to tentando mudar o lay-out, mas não gostei desse novo! SOCOOOOORRO!

domingo, 19 de abril de 2009

Set me free!


Hoje o dia até passou rápido, não foi gente? Bem, não sei se vocês acharam que passou, mas eu achei então calem a boca e concordem comigo! Cara, eu passei o dia todo com sono! Como é que pode alguém acordar, ficar de tarde e de noite com sono? Pois é, sou eu. To até escutando trance, psy e eletro aqui pra ver se acordo um pouco. Minha sorte é que minha mãe resolveu usar o PC antes de mim e aí acho que vou poder sair mais tarde. Espero!
Cara, preciso comentar isso com vocês: minha mãe joga Freecell!
Certo, pare e pense comigo: o que leva um ser humano normal a jogar Freecell quando tem milhares de coisas que podem ser feitas num computador conectado à rede? Exatamente, problemas mentais gostos estranhos.
Aiai, esse clima de chuva me da vontade de ouvir forró e eu acabo de perceber que não tem nenhum forrozinho aqui na minha super seleta pasta de músicas. Vou ter que me lembrar de pegar o nome de algumas boas pra baixar.
Amanhã é véspera de feriado e todo mundo vai "enforcar" o dia pra engatar na terça. Todo mundo menos o pau no cu do CEFET! Então eu tenho aula de química, matemática e física amanhã! Não, isso não é uma lista de tortura. É só meu horário da segunda-feira.
Bem, vou ver uns vídeos aí que tão bombando na internet mentira, tem anos que eles estão no iutubiu, mas eu só achei agora. Amanhã tem mais comédias da minha vida privada.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

[continuação]

Então, aí o bêbado tava lá deitado e eu fiquei com medo daí, ao invés de ir pra casa da minha avó direto, vim pra casa pra ir pela porta que tem no fundo aqui e que dá na casa dela. Aí meu pai abriu pra mim e começou a brigar por que eu tava indo muito tarde pra lá e não sei que lá e tal... Aí eu falei: "ta bom", aí ele disse que eu tava sendo cínica e que eu ia ficar de castigo até sábado indo pra casa de minha vó todos os dias e sem mecher no PC até lá também. Aí eu não disse nada, mas também não fui pra casa de minha vó por que era tarde e ela já tava dormindo, daí não abriu a porta.

Enfim, de castigo por causa do bêbado!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Eu sou assim, viu?


Ai gente, foi mal a demora pra postar aqui de verdade.. tipo, com minhas próprias mazelas diárias que eu sei que vocês se divertem lendo ISSO, fiquem rindo da desgraça dos outros, seus mal-amados! Enfim, hoje eu vou escrever como um diário - coisa que eu não fazia ha dois posts. Preparem-se por que aí vem merda novidade!
Antes de ontem meu pai me colocou de castigo de novo. Vou contar pra vocês como isso se sucedeu.

Estava eu, linda e serelepe - com minha blusinha branca que eu A D O R O e que não posso usar pra ir pra escola por que é muito chique e é brega ir pra escola como se tivesse indo pro shopping, apesar de às vezes eu ir meio parecendo que to indo pro shopping ( tá, to saindo do foco, enfim) - estava eu, linda e serelepe voltando do meu jantar com Suelen - gente, isso é muito elegante, vocês não acham? sei lá, sempre quis dizer que saí pra jantar com alguém... Tá que Suelen é minha amiga e aí perde toda a coisa do romance e tal, mas mesmo assim (enfim²) - estava eu, linda e serelepe voltando do meu jantar com Suelen quando vi um bêbado na esquina da rua que eu deveria subir pra ir pra casa de minha vó - aí Taíse disse que ele tava
bêbado e não ia me fazer nada no máximo me pedir uma cachacinha, mas como é que eu ia pensar isso naquela hora? Na hora do nervoso a gente entra em pânico, s ou s?

GENTE, pausa pra uma notícia urgente (musiquinha de alerta):
Suzana acaba de vir aqui do meu lado e dizer que vai usar o PC, aí eu disse que não ia sair, aí ela disse que eu ia, aí eu disse que não ia por que entrei aqui 21:00 e ainda são 21:51 aí ela disse: Pai, - e foi indo pra lá pra sala - Carla Jane não tava de castigo? Por que eu quero usar aqui e ela disse que não vai sair não.
Aí meu pai me chamou e disse que é verdade e que eu to de castigo mesmo até domingo, aí chamou ela e mandou ela vir usar. E ela fez aquela vozinha de sonsa e disse: O que? - como se fosse santa, essa peste! E foi tomar banho pra vir pra cá! Enfim, eu vou ter que contar a história do bêbado amanhã e tal.. mas foi por causa dele que eu fiquei de castigo e to saindo agora.

Ah, um aviso a todos os meus seguidores e leitores dois, na verdade
1. eu acho que o blog ta ficando muito popular então, por favor, parem de divulgá-lo! isso daqui é um blog pessoal, quase um diário então eu não quero todas as pessoas do mundo sabendo tudo que eu faço.

2. eu vou começar a responder comentários na própria caixinha dos comentários, então sintam-se à vontade para comentar!

terça-feira, 14 de abril de 2009

If only..

(Se ao menos...)

Se ao menos eu tivesse te dito que estava apaixonada, o que você teria feito com esse sentimento que te teria sido entregue de maneira tão aberta, tão simples, tão infantil e inocente?
Meu medo nunca foi te dizer o que eu sentia e não ser correspondida. Todo o medo estava em sentir... Por que sentir? Como não sentir? Sabe... Não sei se é o jeito como você me olha com aquele sorriso bobo que alcança os olhos, talvez seja só o jeito como você não dava importância às minhas bobagens e eu me sentia insultada, quase ultrajada por sua falta de consideração com meus problemas, minhas pequenas futilidades que eu fazia questão de compartilhar... Até seu jeito arrogante me prendia em sua teia de falta de romance. Não, você nunca foi romântico. Não, você nunca deu a entender nada. E eu não entendi, apenas não pude evitar. Como evitar se apaixonar por você? Com esse jeito de garoto tentando ser homem... Com esse andar despojado que diz ao mundo que você é o dono dele - e o mundo aceita. Se ao menos eu... Sei lá, o que eu teria feito diferente? Acho que talvez eu... Quem sabe se...

Quer saber? Eu não mudaria nada!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

A primeira vez.

Caraca gente, eu quase choro quando li esse texto. Sério! Me arrepiei³ total aqui... Lembrei de algumas pessoas em alguns momentos e tal, mas ele não fala de nada que já aconteceu comigo. Aliás: nada do que aconteceu comigo chega perto disso! Leiam, é sério. Vale a pena! É um dos melhores textos que já li na vida.



               A Primeira Vez

Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa.

Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado.

Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também, depois, eu dormir meio chorando porque é impossível abraçar sequer alguém, o que dirá o mundo.

Outro dia eu encontrei um diário meu, de 99, e lá estava escrito “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele no baile de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado.

Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de calça colorida daquelas “bailarina”. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a bobinha da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha pintas e eu achava isso super sexy. E eu me achei ridícula na foto mas senti uma coisa linda por dentro do peito.

Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma estagiária metida a esperta que só namorava figurões (uns babacas na verdade), você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Fingindo que ia desmaiar. Foi ridículo. Mas foi menos ridículo do que aquela vez, ainda na faculdade, que eu invadi seu carro e te agarrei a força. Você saiu cantando pneu e ficou quase dois anos sem falar comigo.

Eu não sei porque exatamente você não mereceu um texto meu, quando me deu meu primeiro cd do Vinícius de Morais. Ou quando me deu aquele com historinhas de crianças para eu dormir feliz. Ou mesmo quando, já de saco cheio de eu ficar com você e com mais metade da cidade, você me deu aquele cartão postal da Amazônia com um tigre enrabando uma onça.

Também não sei porque eu não escrevi um texto quando você apareceu naquela festa brega, me viu dançando no canto da mesa, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu te olhar mesmo assim”.

Talvez eu devesse ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto meu namorado está viajando?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando porque raios fazia isso com você mesmo. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas me olhar. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio a falta de amor que eu recebia de todas as outras pessoas que diziam estar comigo.

Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim. E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de você. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso.

Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até desopilar todos os cantos do seu fígado. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.

Minhas piadas, meu jeito de falar, até meu jeito de dançar ou de andar. Tudo é você. Minha personalidade é você. Quando eu berro Strokes no carro ou quando eu faço uma amiga feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa feliz com as minhas coisinhas. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você.

Até hoje. Até essa manhã. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora. Como se eu fosse só mais uma coisa da sua vida cheia de coisas que não são ela. E que você usa para não sentir dor ou saudade. Foi a primeira vez que você deixou eu te olhar, mesmo você não gostando de mim.

E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser só mais um que me usa, que você, assim como todos os outros, mereceu um texto meu.



Por: Tati Bernardi