quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Adivinha?

Novidades, novidades, novidades. Esse ano muda tudo e eu estou que não me aguento com a impolgação. Cuidar de crianças, arrumar as coisas do intercâmbio, faculdade começando e eu passei em décimo lugar, acredita? Minha prova foi horrível e a redação foi quase a pior da minha vida, mas se fossem apenas dez vagas eu teria conseguido. Estranho. Mas estou feliz, claro. Muita coisa legal acontecendo, aproximação com Deus, meu namoro fluindo, minhas amizades - as importantes - crescendo e tudo o mais se encaixando perfeitamente. Ah, acho que estou feliz hoje. A sensação é quase estranha. É, para ser sincera eu estou bem de verdade. Obrigada por perguntar.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Covardia da louca

Silêncio. A felicidade da minha vida - aquela que não estou vivendo. - é a música que toca do lado de fora. Observo com as janelas da minha alma e sorrio por dentro. Não tenho tido muita coragem ultimamente. Não como você pensa que eu tenho. Acha que ser corajosa é me jogar de cabeça nessa loucura, sentir o impacto se aproximar e não se segurar em lugar nenhum por que cair é uma delícia? Não sei. A sensação de espatifar é ruim e eu venho me espatifando quase todos os dias há quase todos os meses depois de tudo. Me sinto, em resumo, humilhada, esquecida, desesperada, um pouco deprimida e principalmente cansada. Só não tenho forças para parar o trem que se aproxima, o trilho que me anima de vez em quando e me espreme em tantos outros. Não tenho disposição nenhuma para lutar contra todo o sofrimento que se acumula por que tenho medo de sofrer a mega sena acumulada da dor que virá depois. Seguirei sofrendo aos pouquinhos. Dia após dia, mês após mês, até que o prêmio seja meu. Aí, quem sabe, não terei mais razão nenhuma para chorar por você já que sei que você nunca choraria por mim. Não mais.

"Melhor sofrer por um erro dele que por um acerto meu." - Patrícia Massa.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Não faz sentido, mas explica tudo

E onde a minha cabeça deita hoje quando o meu travesseiro só quer sonhar você? Sua voz dizendo que não é bem assim entra por um ouvido e sai pelo outro, chacoalha em minha cabeça e ecoa lá no fundo dessa alma já inquieta. Que os outros escutem suas respostas e interpretem, mastiguem, arranquem de cada afirmação sua uma verdade oculta. Eu já cansei de fazê-lo. Agora quero só entender o que você estiver disposto a explicar, quero só ver o que você estiver com vontade de mostrar e só vou amar... Repito o mais alto que alguém puder escutar: Só vou amar o tanto exato que você desejar me amar. Os excedentes eu corto fora e deixo para aqueles com grandes dons expeculativos a perspicácia de adivinhar. Por hoje eu fico com a paz que sua falta de paixão me dá. Isso explica tudo apesar de fazer com que nada mais tenha sentido. Estranho, eu sei. Mas agora entendi o porquê de tanta indiferença e fiquei confusa quanto ao fato de ainda me querer por perto. Eu, em seu lugar, teria saído por aí louca, desesperada já, tentando encontrar em outra pessoa aquilo que não posso mais te oferecer. Se não sente nada, pode desligar a anestesia, eu parei de tentar entender - e já faz quatro dias.

"Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não sabe se vai ser antes ou depois de se chocar com o solo." - Martha Medeiros