Espero que Silas não brigue por eu estar usando o laptop dele, mas o vício é maior que o medo. Ah, resolvi continuar a história de Beatriz. Alguém lembra dela?
"Beatriz semicerrou os olhos e balançou a cabeça tentando expulsar aqueles pensamentos. Foi inútil. Por que ele continuava a incomodar tanto? Não era certo pensar tão seguidamente em uma pessoa só. Ela apertou os olhos com força e pressionou as têmporas com as duas mãos.
- Me deixa em paz!
- Quero você, Bia
- Não, você não me quer... você só pensa em si mesmo.
- Pode ser, mas mesmo assim te quero. Pelo menos por agora. Pensei que fosse exatamente isso que vc queria: um momento.
- Você tem razão, mas tudo isso é inconstante demais pra mim.
- Claro. Onde ficaria a emoção se você já soubesse tudo que eu vou fazer?
- Não! - Bia abriu os olhos e bateu com os punhos fechados nas laterais da cabeça. - Você não pode manipular minhas vontades desse jeito, cara. Você não tem esse direito! Eu decido o que eu quero. Eu sei quando acabou e quando vai ser. Eu digo se você me quer ou não.
- Beatriz! - dona Carmem abriu a porta do quarto com força e colocou a cabeça pra dentro. - Você quer parar de gritar?
Bia abriu os olhos de vez e olhou ao redor. Foi só um sonho acordada, ela pensou. Ainda bem. Afinal, ele não tem esse direito, mesmo com aquele perfume"
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