Eu estava correndo ladeira abaixo como se tivesse a polícia de mil cidades nos meus calcanhares, mas só queria mesmo era chegar em casa. Como ousava ser tão indiscreto e pular os meus muros desse jeito? Eu ali, perdidamente apaixonada por seu irmão, estava agora mais que confusa com os toques dele e aquele aperto que esperava fundir nossos corpos. É, era exatamente isso que ele planejava fazer. Juntar os nossos corpos para tirar o meu príncipe encantado da minha cabeça. Por que desde quando corpo e cabeça podem trabalhar juntos? É como amarelo e azul. Ou é um, ou outro ou tudo passa a ser verde. O que estou falando agora? Meus sentimentos são verdes? Logo eu que me achava tão madura, gritei para as paredes vazias do meu apartamento solitário. O irmão, resmunguei tirando os sapatos sujos de qualquer coisa da rua. Que fosse o primo, um conhecido, que não fosse ninguém! E com tanta mulher na terra, por que o cafajeste viria em busca da princesa? Eu estava tão feliz em meu castelo... Como eu preciso de uma luz, meu Deus! Preciso que esse homem me deixe em paz para seguir feliz. Eu era tão feliz e agora é só confusão na minha cabeça. Seu nome não é Dona Flor, me lembro. Acho que está me crescendo é uma vontade de bater com tudo na parede até esmiuçar todos os pedaços e misturar coração, cabeça, vontade e meu erro mais injusto. Vontade louca pelo irmão do príncipe. Me jogo na cama, olho o teto por alguns minutos e respiro fundo outra vez. Tudo bem, eu nunca gostei mesmo de cavalos.
Er...nunca gostei muito de cavalos tbm e "irmão de principe" é sempre melhor! Muito bom... muito bom!
ResponderExcluirÉ, encruzilhada a vista e grande confusão na escolha do caminho... feche os olhos e escolha com o coração...
ResponderExcluirBjs...