sábado, 4 de fevereiro de 2012

Um estranho conhecido

Que estranha essa conversa de amigo. É você do outro lado, mas meu coração se derrete daquele jeito que um amigo fica feliz pelo outro. Meu amor está sendo envolto em barro-carinho e posso ouvir sussurros de “meu irmão” ecoando por dentro dos mesmos pensamentos que te reclamavam meu ainda ontem.
Estou ficando louca ou consigo passar os olhos apenas uma vez por sua declaração de que não quer me ver sofrer, de que se importa comigo? Consigo ler isso e não pensar que ainda vou te ter de volta, que ainda vamos nos amar como antes e… Que estranha essa sensação! Não quero que seja como antes, isso aqui é muito melhor.
Estou segura no seu abraço de amigo, na sua mão estendida, na sua madrugada perdida de joelhos por mim. Estou segura por que não estou confiando em você, seus braços, seus abraços, sua mão. Que segurança estranha! É você me colocando sob os cuidados de outro Alguém e eu agradecendo. É você me dando de bandeja e isso me comove, me transtorna, me faz sorrir.
Estou sorrindo e que sorriso estranho! Sorriso de quem sabe em quem confia e sabe que não é em você. Sorriso de quem olha para trás e entende: me apoiei nos braços de quem não tinha forças para me carregar. Hoje brincamos juntos nessa conversa estranha, nessa sensação estranha, nessa segurança estranha. E sorrimos.
Por que a melhor coisa é perder um amante para ganhar um irmão. E o nosso Pai vai gostar de saber disso!

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