Quase cinco horas da manhã e meus neurônios fervilhando, me impedindo de dormir, sacaneando. Eu preciso escrever sobre você. Só mais um pouquinho, vai Carla, só mais um textinho. Acho que os meus dedos subconscientes estão cheios de calos por rabiscar seu nome mentalmente. E depois riscar. Por que tanto amor assim só pode ser ódio e vice-e-versa.
Eu não faço a menor ideia de por onde começar o texto por que acho que simplesmente esgotei o meu repertório a seu respeito. Infelizmente o repertório não acompanha as lágrimas. É, fiquei mesmo bobona chorando por você na madrugada, me perguntando se você ainda pensa em mim em tom de lamento e com muita pena da miserabilidade do meu ser. Ah, vá para a merda você!
Não tem graça nenhuma levantar, catar o notebook e te procurar. Meus olhos silenciosamente sempre te procuram e é péssimo admitir que procuram no lugar certo. Lá está você um pouco feliz demais, um pouco sorridente demais. Levando a vida com toda a felicidade que eu deveria estar levando a minha, mas não estou.
É que às cinco da manhã ainda tenho fôlego para escrever sobre você. Mesmo que não haja nada pra dizer, mesmo que todas as cartas já tenham sido devolvidas ao baralho por que ficaram sobre a mesa por tempo demais. Mesmo assim ainda chuto os lençois te odiando por tudo. E te amando também por que, se impede o meu sono, só pode ser amor. Ainda.
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