segunda-feira, 21 de junho de 2010

Concreto do abstrato

Isso não significa nada. O seu sorriso triste não quer dizer que eu sou a pessoa que te faz chorar e a sua falta de amor não espelha uma frieza minha. Espero que chegue o dia em que você finalmente me enxergará como estou para além do que espera de mim. Parado diante de você e mal consegue me ver. Estamos prostrados diante desse amor que consome cada pedaço da nossa alma e pensamos ser algo positivo, mas estou lentamente ficando seco. Estou me perdendo sem lugares onde me esconder, estou enlouquecendo de bem querer sufocante e tocando paredes de concreto puro num sentimento abstrato. Esqueça e me conheça antes que o modo como julga o que faço seja o ponto final do que é. Eu ainda amo você, mas, apesar de tudo, isso não significa nada.

domingo, 20 de junho de 2010

Tudo novo de novo

Passei a manhã toda arrumando esse template. Baseei as coisinhas num lay que vi lá no Evelyns-place e aí está. Tudo voltando ao preto, não é? Só não gostei muito dessa imagem do título, mas a paciência já estava na reserva quando comecei a criá-la. Amanhã, quem sabe? Até achei bonito quando vi assim... Estou orgulhosa do meu Incomin! (hahahah) Segunda-feira voltaremos às nossas confissões e desabafos, tá? Beijos meus.

PS: Acabo de descobrir que não dá para acessar as postagens mais antigas e que meus títulos não aparecem. Droga, vou ter que fazer outro lay. (snif)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vazio infinito

Tudo no mundo é a escuridão da noite de hoje. Corações encontrando-se na mistura de pêlos de gatos nos telhados e mães que contam histórias pouco verdadeiras para suas crianças ao pé da cama. Eu aqui, sozinha em alma, pensando em quantos planos joguei pela janela quando me atirei de cabeça naquele sentimento imune a tudo. Não havia maneira de acabar, eu diria. A verdade mais cruel é que sempre acaba, não é? A menos que se ache pessoas dispostas a recomeçar. Não foi o nosso caso. E a noite escura me engole e me abraça ninando essa falta de tudo que me esburaca. O vazio é infinito, meu amigo. Muito maior do que qualquer amor que você pudesse sentir por mim, o vazio é gigante e não acaba nunca. Agora tenho dois buracos no peito. Um furo da sua não presença e um rombo da minha própria inocência que rolou ladeira abaixo agarrada aos meus sonhos. Todos aqueles que você embrulhou em mentiras e má vontade, se lembra? Eu aqui, sozinha em espírito, esperando a hora em que o sol nascerá outra vez. Brindando a todas as memórias. Que seja bom o nosso desafeto. E que se tapem os buracos deixados para trás.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Hot'n Cold

Ah que hoje eu me acordei quente. Não sou muito de sentir os lábios queimando ou, nas pontas dos dedos, perceber fogo de brasa alta, mas hoje estou ardendo em chamas. Foi o suspense da sua temperatura que me degelou. Não dá para ser fria quando há alguém chamuscando graus celsius bem ali ao lado. Não dá para ser previsível quando o impossível se confunde com o improvável bem debaixo dos seus cabelos. Naquele lugar exato em que a mão dele encontra a sua nuca e fica. Maldita-bendita mão que permanece. Te esquentando a alma, te enfurecendo o corpo, te afogando o espírito em labaredas. Estava mesmo lembrando da pele dele na minha e o seu corpo em contato com o meu alegando febre coletiva nos ossos. Quente que ele é, fervendo que estou. Só saudade e vontade de alguém que me aqueça o frio. Meu gelo não precisa mais, já se derrete sozinho.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Entrelinhas

Eu preciso que me escutem hoje. Preciso que falem comigo sobre os problemas de ontem, que debatam as coisas mais idiotas, preciso que conversem qualquer assunto. É que estou me sentindo sozinha, entende? Um silêncio inquietante e ninguém que queira compartilhá-lo comigo. É vazio. Quero gritar, quero chorar, não quero ficar parada. Quero só ficar em casa ou correr nua na rua. Não quero nada. Devia ser diferente agora, você pode ver isso? Mas eu ainda estou aqui. Definhando as entrelinhas que você deixou mal riscadas nas minhas paredes. Tudo pichado em saudade e palavras não ditas. Até o pão ficou pela metade quando você saiu aquela manhã. Volte e me conte seus segredos. Vá embora e me esqueça ainda ontem. Já gritei tantas coisas com esse silêncio maldito, mas não há mais quem decifre a minha insônia ou me ache perdida em minha falta de dizer. Onde está mesmo você que não aparece para abraçar meus medos e fazê-los desaparecer dentro do calor que esquenta minha pele, minhas mãos, meu juízo todo ao som de fogueira? Não há nada agora aqui comigo além da espera. Que volte, que seja, que renasça... Ou que morra de uma vez.