quinta-feira, 3 de março de 2011

A saudade bateu, foi...

Acabou, já tenho certeza. Respiro fundo e lá vem ele outra vez. Acabou nada, percebo. Começo, por dentro de mim, a entender o que Vercilo quis dizer em seus versos confusos: Que nem maré. 'Tá vazio, meu querido. Me esvaziei todinha e agora tenho só um pouco das lembranças aqui comigo. 'Tá cheio, meu amor. E não consigo controlar a vontade inevitável de ligar, mandar mensagem - que a operadora não libere aqueles créditos extras esse mês, meu Deus. - e correr para perto. Vazio, cheio e a maré mudando sem fim. O problema é que a intensidade é louca e o sentimento parece proparóxitona: acentuado, sempre acentuado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário