Sei lá, eu estou com tanto medo de não ser realmente ele. A certeza de que ainda iríamos nos encontrar no futuro está indo embora na mesma medida em que a realidade me assedia. Lembro do olhar de desprezo, lembro da indiferença completa com relação aos meus sentires e a minha própria sensação de estar completamente nua de alma na frente de alguém que cuspia nojo à minha nudez. Me expus por ele e, também em função dele, despi a minha verdade em fragmentos demais. Hoje a realidade pinga em minha testa com gotas de tortura. Não havia amor por trás daquele olhar, não há maneira de ter esperanças quando o amor inexiste, mas não venha me dizer que fui eu que não amei nunca. Eu sei o que era aquilo. Aquilo era tudo o que eu tinha de melhor deixado aos pés de alguém. E aqui encontro o meu erro: Deixar amor aos pés de outra pessoa é sempre a pior escolha. Entregue-o nas mãos ou recolha-o e vá embora, mas nunca deposite tudo de si no altar de um erro. Tropeço então em minhas piores memórias e, de joelhos esfolados, levanto e sorrio. Recolhi o meu amor, mas não tente me dizer que ele nunca existiu. Posso não saber o que vem depois, mas, com certeza, lembro do que já fui.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Altar de um erro
Sei lá, eu estou com tanto medo de não ser realmente ele. A certeza de que ainda iríamos nos encontrar no futuro está indo embora na mesma medida em que a realidade me assedia. Lembro do olhar de desprezo, lembro da indiferença completa com relação aos meus sentires e a minha própria sensação de estar completamente nua de alma na frente de alguém que cuspia nojo à minha nudez. Me expus por ele e, também em função dele, despi a minha verdade em fragmentos demais. Hoje a realidade pinga em minha testa com gotas de tortura. Não havia amor por trás daquele olhar, não há maneira de ter esperanças quando o amor inexiste, mas não venha me dizer que fui eu que não amei nunca. Eu sei o que era aquilo. Aquilo era tudo o que eu tinha de melhor deixado aos pés de alguém. E aqui encontro o meu erro: Deixar amor aos pés de outra pessoa é sempre a pior escolha. Entregue-o nas mãos ou recolha-o e vá embora, mas nunca deposite tudo de si no altar de um erro. Tropeço então em minhas piores memórias e, de joelhos esfolados, levanto e sorrio. Recolhi o meu amor, mas não tente me dizer que ele nunca existiu. Posso não saber o que vem depois, mas, com certeza, lembro do que já fui.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
É tão triste viver situações onde nosso amor é tudo que temos que esquecer, independente de qual seja o motivo!
ResponderExcluirTtem selo pra você lá no meu blog <3 http://particulargsantos.blogspot.com
Seu texto foi lindo e triste, leio muitos textos e muitos não sei bem o que falar. Mas toda a sua escrita transmite sentimento.
ResponderExcluirbjs