quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O leitor invisível

Essa hora da noite e meu celular abandonado, sem sentido lá no quarto. Essa lua no céu e ninguém que queira me ouvir falar do quanto ela me lembra aquele dia na pracinha, você dizendo que poderia passar a vida inteira me olhando debaixo da lua. Estou escrevendo para você outra vez, nesse canto abandonado que você nunca visita, nunca mais. Nunca mais para tantas coisas e hoje até chorei. Por que o nosso nunca mais é retrocesso também. Foi nunca mais para trás, nunca mais que não traz nada além de um vazio enorme. Vazio sem solução por que nem olhando nos seus olhos o fogo volta, a paixão ressurge. Nada além do abismo em que você me atirou, se retirou e me deixou aqui sozinha. Talvez ninguém tenha te dito, mas eu ainda me lembro:
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
Eu, entende? Você é responsável por mim eternamente. E eu estou me esquecendo de nós dois, esquecendo as nossas razões, estou esquecendo você. Triste como o dia termina, a lua está lá fora e eu aqui, só com o mesmo blog continuando a conversar com o único "você" que ainda me escuta.

2 comentários:

  1. É tão triste quando se chega a conclusão de que aquilo que agente mais gostava de lembrar, ter consigo passa a ser tudo que agente precisa esquecer para não perder-se em meio a tanta dor e solidão. É uma pena que não tenham inventado ainda uma controle remoto que faz agente reviver os bons momentos e poder para tudo para "reescrever" um belo e magnifico final. Aos senhores invetores de coisas boas fica a minha dica.

    É um texto profundo, mas é uma pena que seja baseado em fatos reais.

    Beijos e conte sempre comigo *-*

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