quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Passe Livre

Joguei meu ticket no primeiro lixo que encontrei na saída do cinema. Vi o melhor filme sobre alguém que poderia ter assistido em toda a minha vida, mas, depois que ele acabou, percebi que o ingresso não mais me serviria. Agora teria que andar com minhas próprias pernas pra o lado de dentro desse jardim desconhecido. Sem manuais, sem saber exatamente como faz, só de mãos dadas. Saindo do cinema, entrando no jardim. Deixo de assistir e começo a tocar. A música tocou. Nossa música de ritmo pouco planejado. Dois pra lá, dois pra cá no seu compasso. Abrimos, na multidão, espaço. Pra uma dança de dois que ninguém mais entende, que ninguém mais define... Deixei pra trás meu ticket.

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