sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Relacionamentos em Polaroid


Um dia desses eu estava reparando nos casais de namorados que conheço. Muito sérios, muito imaturos ou muito chatos. Às vezes conseguem ser as três coisas juntas, não raro. Fiquei pensando que relacionamentos são como uma fotografia. O momento que você vive, as coisas que você pensa e o sorriso que você dá na hora em que o flash te cega são coisas que só você vai saber. Você e as outras pessoas que também foram fotografadas. Quem olhar de fora, quem observar depois, nunca vai entender exatamente o que se passou e a razão da mancha no vestido, do sorriso meio torto, das mãos suadas e entrelaçadas. Todos os detalhes são uma mera questão de estar do lado de lá. Ou, quem sabe, do lado de cá da foto. Assim são os namoros, noivados, casamentos e todas as outras instituições (falidas ou não) que a sociedade construiu ao longo do tempo. Quem vier espiar de fora, sinto muito, entenderá muito pouco e palpitará do jeito errado. A não ser que tenha muita sorte ou que já tenha entrelaçado as mãos suadas daquele mesmo jeito em uma fotografia anterior. Os momentos passam, mas as fotos sempre vão ficar guardadas em algum lugar até serem reencontradas. Elas podem não fazer sentido para  mais ninguém, mas sempre vão fazer sentido para quem sorria nelas.

Il mio amato, voglio che tu così, ti auguro vicino a me. Mi mancano i tuoi baci, la mancanza di noi insieme. Ti amo.

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