quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Passe Livre

Joguei meu ticket no primeiro lixo que encontrei na saída do cinema. Vi o melhor filme sobre alguém que poderia ter assistido em toda a minha vida, mas, depois que ele acabou, percebi que o ingresso não mais me serviria. Agora teria que andar com minhas próprias pernas pra o lado de dentro desse jardim desconhecido. Sem manuais, sem saber exatamente como faz, só de mãos dadas. Saindo do cinema, entrando no jardim. Deixo de assistir e começo a tocar. A música tocou. Nossa música de ritmo pouco planejado. Dois pra lá, dois pra cá no seu compasso. Abrimos, na multidão, espaço. Pra uma dança de dois que ninguém mais entende, que ninguém mais define... Deixei pra trás meu ticket.

Sinal Amarelo

Se libertar do medo pode ser perigoso, sabia? Não jogue fora a placa vermelha que grita perigo como se o precipício fosse só um pequeno declive. Decline! Volte atrás antes que seja tarde demais e todos os seus neurônios sejam superados pelos hormônios. Demônios, gritando na sua cabeça que o bom nem sempre é certo, mas o errado, em todo caso, não é ruim quando olhado de perto. Não se aproxime! Uma vez que você ciranda com os desejos puramente carnais... Ah, aí, como dizia Martha Medeiros, sua consciência passa a encontrar-se fora da área de cobertura. Fuja!



"A causa do sofrimento é a ânsia por coisas erradas, ou a ânsia por coisas certas da forma errada." - Buda

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Notas Pessoais

Minha risada faz ele ter vontade de rir.
Ele adora cachorros, odeia gatos. Gatos são bichos traçoeiros, você sabe.
O quarto dele é uma bagunça, mas só às vezes.
As comidas da mãe dele são as melhores e ele é parecido com ela. (não esquecer)
Ele sabe cozinhar, mas nãs faz feijão. Tem medo da panela de pressão.
Ele nunca amou ninguém como me ama.
O tênis dele tem que ter molas. São mais confortáveis, né?
Adora comida italiana, odeia comida japonesa. (lembrar que essa é diferente da chinesa)
Gosta de azul hoje, mas amanhã só Deus sabe.
Tem um rancor enorme pelo irmão, mas faz tudo que ele quer sem reclamar. (sem reclamar muito)
Ele fala de noite e eu confesso que isso me assusta, mas ele também me beija quando eu choro mesmo sem entender nada e eu acho que isso o assusta.
Ele nunca amou ninguém como me ama.
Fica bravo quando eu falo minhas bobagens influenciadas por pensamentos idiotas e depois diz que não tava bravo.
Ele fica bravo se eu digo que ele ficou bravo, então acho que ele nunca fica bravo. (combinado?)
Adora Ovo Maltine e é desastrado com a pipoca do cinema.
Comenta mulheres bonitas, mas se eu comento os homens ele manda eu me respeitar.
O MSN dele era só mais uma bobagem antes de poder falar comigo por lá. (obrigada)
A TIM nunca foi tão feliz antes da gente namorar.
Ele nunca amou ninguém como me ama.
Ele odeia refrigerante, mas toma comigo toda vez que a gente come junto.
Está acostumado com pedágios e me acha revolucionária quando eu falo que o IPVA devia pagar o conserto das estradas.
O Ipod dele parece um parque temático. Até black eu achei lá, mas não espalha. Ele não curte black.
Ele finge que não curte black por que, fala sério, todo mundo curte black!
A cachorra dele era mais cheirosa que ele.(impossível)
Ele nunca amou ninguém como me ama.
As pessoas são facilmente pegas nas perguntas capciosas dele. (medo)
Ele tem amigos. Poucos e bons. Bem diferente de mim que tenho muitos e marrom.
O trabalho dele é legal e a faculdade também, mas os dois enchem o saco depois de um tempo.
A pinta dele deixa ele menos sexy. (opinião dele)
O cabelo dele deixa ele mais sexy. (opinião minha)
Ah, e antes que eu me esqueça, uma última nota:
Ele nunca amou ninguém como me ama.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Resenhas Internas

É pau, é pedra, é o fim do caminho. É árvore, é montanha, é o começo da estrada. Uma rua a perder de vista, uma caminhada sem parar pra descansar, sem querer descansar, pra te alcançar, andar junto e nadar junto nesse mar de correnteza leve, pesada, remando em conjunto, compasso, no espaço de tempo mais longo que um mês pode ter. Um mês e alguns gramas, um ano e algumas semanas, uma bagagem de histórias e umas mancadas fora de hora. Descobrindo-se em bônus, além do apresentado de antemão... Lembrei agora de um certo fogão a gás, meu rapaz, um jogo parado no empate, o xadrez do cheque-mate, a carta mestra do baralho. Quer saber? Não te amo muito, eu te amo pra caralho.