quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sobre a não necessidade de regras gramaticais

Tomando meu café, conversando com um amigo outro dia, a notícia incoerente do jornal se comunica comigo. Quase se comunica. Não entendo como há pessoas que podem acreditar com toda a fé dos seus corações que entregar nas mãos de jovens brasileiros o "não há regras" melhorará para eles a compreensão do mundo. Há então, entre nós, uma nova maneira de segregação? Bem, por que não? Vamos separar entre alunos de escola pública e de escola privada aqueles que compreenderão que a norma culta por diversas vezes deve ser prezada.
Claro que a oralidade se basta na compreensão do texto, mas o que será dos nossos jovens se não entenderem que quase tudo crucialmente importante em suas vidas, desde escrever uma redação para o vestibular até conseguir um bom emprego, vai depender da maneira como empregam o português normativo?
Passar adiante expressões oralizadas e cheias de cultura, tudo bem, mas desfazer-se de toda ordem no que tange à língua? Isso sim é a baderna da imoralidade linguística cuspindo em nossas caras. Poxa, Brasil, será tão difícil assim admitir que precisamos construir alguma coisa além de só desconstruir? É possível que seja correto dispensar a gramática em função do tudo pode, do tudo dá?
Que o nosso país consiga expandir-se em colocar os conceitos onde eles devem estar. Falar errado não é bonito - por mais cultural que seja. Escrever errado não é bonito - por mais que os livros afirmem o contrário. Vamos levantar uma nação de jovens que entendam para além do que os livros dizem ou o nosso futuro se resumirá a barbarismos. Ou lutamos agora, ou sofreremos depois. Aliás, como diz o novo livro: Ou nós luta agora, ou nós sofre depois.

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