Todos os meus poros estão aflitos. Meu suor abraçando sua cintura com as pernas e o ranger da cama, dos dentes, da alma. Barulho infinito misturando as cores de uma aquarela imiscível. Invisível a tensão que me envolve pelos erros, mas as mãos e os seus pecados me puxam os cabelos e eu sempre volto meio para os seus braços, meio para essa taça de desejo puro que derrama só um gole em minha pele quente.
Todas as cobertas estão aflitas. Não sabem se me cobrem ou observam você me descobrir em beijos, línguas e gemidos que são quase lamentos pela minha entrega. Porque não escondo nenhum pedaço. Em pelo, luxúria e murmúrios, eu sou a pele que o seu dente esmaga. Sou a perna que o seu lábio encontra. Sou o nome que a sua boca suspira. É o meu espírito indo dar uma volta porque a festa da noite é por conta da carne. Só por hoje, entre nós, é carnaval.