segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Quem sou eu.
A poesia não rimada.
A frase não proferida.
A palavra ainda não escrita.
Sou um ponto final acompanhado de mais dois pontos.
Sou eco e silêncio.
Não sou parte alguma.
E, mais que isso, sou todo o resto.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Pra que Edward? (Parte II)
Você vai ficar um tempão fingindo que o ama de vez em quando, mas, lá no fundo, vai saber que ama sempre... E ele também vai saber disso, mas só que os dois vão demorar pra dizer um ao outro que se amam... Vão preferir falar de amenidades. Vão falar até de paixão. Vão dizer que se gostam e declarar isso pra quem quiser saber, mas amor? Nossa, ele só vai falar que te ama num dia que você menos esperar.
Simplesmente por que vai ser uma tarde de terça-feira chuvosa.. e ele ta achando o filme horrível. Enfim... Ele vai ser daqueles caras estranhos que ficam meio calados de vez em quando, mas aí você vai abraçar ele... E, mesmo quando você quiser estar estranha, não vai conseguir por que só ele vai saber o jeito certo de sussurrar alguma coisa linda no seu ouvido... Ou, quer saber? Uma coisa bem idiota, do tipo: Você viu Os Simpsons ontem? E isso não vai te fazer rir... Isso vai te arrepiar até o ultimo fio de cabelo sabe por quê? Por que vai ser ele falando... A voz dele! *-*
E a voz dele.. Nossa, vai ser o mundo pra você! õ/
E você vai contar tudo pra ele, independente do que seja... você vai comentar com ele querer saber a opinião dele. Vai sempre querer ouvir o que ele pensa e ele vai te ajudar nas suas dúvidas, nos seus problemas e vai querer que você o ajude também e vai dar tanta atenção às suas pequenas coisas que você vai achar que ter regado as plantas é o acontecimento do ano!
domingo, 20 de setembro de 2009
Pra que Edward? (Parte I)
Bell diz que acha que não vai conseguir amar alguém nunca mais. Segue meu discurso.
Eu acho que eu vou amar sim u_u e ele não vai ser nada parecido com Edward... E QUER SABER? Você vai amar também! E ainda vai se ver perdidamente apaixonada. E bem idiota, e bem boba... E vai achar tudo lindo e colorido e vai pensar que ta sendo fácil demais até... Por que ele vai amar você do mesmo jeito e então você vai esperar que acabe e nunca vai acabar. E vocês vão brigar, mas, no fundo, você vai saber que não é uma briga definitiva, que é uma briga boba... E depois tudo vai ficar bem de novo! u_u E vai se achar burra e cega por ter brigado com esse cara perfeito, assim como ele vai se achar idiota porque brigou com você u_u enfim, você vai achar ele um completo babaca \z mas vai amar mesmo assim... E vai ficar grávida lá, com um barrigão... Imaginando se seu filho vai parecer mais com ele ou com você. Torcendo pra ter o seu nariz, mas querendo o queixo dele. Aí ele vai brincar com você falando coisas que você acha completamente bobas, (por que ele vai ser bobo)... E você vai dizer isso a ele. Então ele vai rir e dizer que você também é boba. u.u E você vai rir de volta... Sabendo que é verdade. Você é boba, mas é feliz e, sinceramente, é o que importa.
ps: Os emoticons não foram retirados por que dão ênfase ao texto.
sábado, 19 de setembro de 2009
Wherever
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Brega
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Café Pequeno
A dor do desejo de esquecer latejou forte em minha pele marcada, mas a ardência da impossibilidade de deixar pra trás foi o que me consumiu e contorceu até esse leve estado de torpor em que me acho.
Claro que eu podia simplesmente apagar, mas, você sabe, uma boa amizade é como café. Depois que esfria pode ser requentado, mas terá perdido muito do primeiro sabor.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Morna
domingo, 6 de setembro de 2009
Vai passar
Dor é assim mesmo, arde, depois passa. Que bom. Aliás, a vida é assim: arde, depois passa. Que pena. A gente acha que não vai agüentar, mas agüenta: as dores da vida.
Pense assim: agora tá insuportável, agora você queria abrir o zíper, sair do corpo, encarnar numa samambaia, virar um paralelepípedo ou qualquer coisa inanimada, anestesiada, silenciosa. Mas agora já passou. Agora já é dez segundos depois da frase passada. Sua dor já é dez segundos menor do que duas linhas atrás.
Você acha que não porque esperar a dor passar é como olhar um transatlântico no horizonte estando na praia. Ele parece parado, mas aí você desvia o olho, toma um picolé, lê uma revista, dá um pulo no mar e quando vai ver o barco já tá lá longe.
A sua dor agora, essa fogueira na sua barriga, essa sensação de que pegaram sua traquéia e seu estômago e torceram como uma toalha molhada, isso tudo - é difícil de acreditar, eu sei - vai virar só uma memória, um pequeno ponto negro diluído num imenso mar de memórias. Levante-se daí, vá tomar um picolé, ler uma revista, dar um pulo no mar. Quando você for ver, passou.
Agora não dá mesmo pra ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. Como cantou Vinícius: "É melhor viver do que ser feliz". Porque pra viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e ouvir uma coisa terrível, que tem que ser ouvida. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado pra trás, cai. Dói,ai,eu sei como dói. Mas passa.
Tá vendo a felicidade ali na frente? Não, você não tá vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o unico jeito de deixá-la pra trás é continuar andando.
Você vai ser feliz.
Tá vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto de agulha?P>
Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que tô falando a verdade.
Eu não minto.
Vai passar."
Antônio Prata
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Sem sombras
Acho quase fascinante a maneira como a minha montanha russa de emoções guia seus loopings de uma maneira subconscientemente paralela ao seu estado de graça. Se seu sorriso é mais divertido, o meu também é. Se sua tagarelisse é apreensiva, o ritmo da minha respiração acalma-se no seu compasso. E define-se dentro do que você está.
Penso ser meio boba toda essa história espalhada aos quatro ventos de que você se torna o reflexo da pessoa por quem se apaixona. Já estou plenamente convencida de não ser a sua sombra, mas eu posso sentir internamente como se você fosse a lua que guia as minhas marés. Eu, inconstante como o mar. Você, sólido e imponente. Às vezes tão distante outras vezes tão quente. No nosso vai-e-vem inconstante a sensação é única de maresia, dormência e leveza. Quase me dá sono olhar pra nós dois juntos. Com jogos que já são tão escancarados que qualquer um ponderaria tratar de dois idiotas fingindo fingir que não há nada. Não somos. Já sabemos o que acontece, mas gostamos de brincar com a verdade e moldá-la a nosso gosto. Como se uma hora fôssemos tudo que o outro tem e, outra hora, não tivéssemos nada a oferecer. Respiro fundo o meu cheiro de mar salgado e esvazio-me já esperando o momento em que, com um comando mudo seu, encherei outra vez pra percebê-lo orbitando ao meu redor. Não somos reflexos, somos completos. E complexos.
"Não adoro nem venero, mas gosto na medida sadia e humana em que uma pessoa pode gostar de outra..." - Caio F. Abreu
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Meus duendes
Fato é que mal sinto vontade de escrever, ler ou conversar... E me aperta uma vontade louca de chorar - quase como se houvesse motivo pra isso.
Escuto agora alguma música quase fúnebre que embala docemente todo o meu desprazer em sorrir. Não quero mais e nem sei por que. Acho que algo aconteceu com os meus duendes do contentamento. Não digo que se foram, mas precisavam dormir um pouco. Vieram, viraram minha casa de cabeça pra baixo, e agora descansam até o momento em que acordarão prontos a me bagunçar outra vez. Espero.
"Dai-me Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo, um ponto de partida para um novo avanço." - Cecília Meireles